Lars Nilsson, advogado dos Vasteras SK, disse esta quarta-feira ao "The Guardian" que o caso que envolve o Benfica, por causa da transferência de Lindelof, "não é apenas judicial, mas também moral e ético"
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O clube sueco, recorde-se, reclama ao Benfica 250 mil euros referentes à transferência de Lindelof para a Luz e já enviou o caso para a FIFA.
"Isto não é apenas um caso judicial, também moral e ético. É pena um pequeno clube estar dependente deste dinheiro para o seu futuro, mas é isto que sucede quando clubes pequenos enfrentam dos maiores emblemas da Europa", afirmou o advogado ao jornal inglês.
"Estou desapontado. A FIFA ainda não enviou o nosso pedido ao Benfica, em busca de uma resposta. Prometeram tratar da questão de forma breve, mas isso depende do critério de cada pessoa. Normalmente pedem para que a resposta seja dada em 20 dias, mas isso pode ser prolongado caso o Benfica tenha uma razão legítima para atrasar a questão", adiantou.
A vice-presidente do Vasteras SK, Christina Liffner, também falou do assunto: "Temo que isto possa demorar um a dois anos a ser decidido. É muito mau para nós, porque somos um clube pequeno que precisa deste dinheiro. Na verdade, eles deviam pagar sem fazer qualquer questão. Mas quando lhes enviámos a carta, limitaram-se a dizer que não pagavam. Disseram que o contrato já não era válido, mas depois de falar com vários advogados e especialistas, estamos convictos de que é", afirmou.
Em questão está uma cláusula no contrato de transferência do central que diz que o Benfica devia pagar um prémio sobre os primeiros 10 jogos do jogador na equipa principal dos encarnados. Acontece que o Benfica alega que os dez jogos foram cumpridos quando o primeiro contrato do jogador já tinha expirado.