Advogado diz que Vieira "saiu em liberdade" do tribunal e reage: "Medidas excessivas"
Magalhães e Silva falou aos jornalistas à saída do Tribunal de Instrução Criminal, no dia em que Luís Filipe Vieira, seu cliente, foi ouvido pelo juiz Carlos Alexandre.
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Medidas de coação: "São manifestamente excessivas em face do que está escrito na indiciação. Não estão indiciados factos que constituam crime. As pessoas que não comentem o que não sabem. Se querem comentar os atos relativos ao processo, têm de ler com todo o cuidado a indiciação do Ministério Público [MP]."
Estado de espírito de Vieira: "Entristecido, mas ficou, apesar de tudo, aliviado pela circunstância. O que é claro, é que não ha determinação judicial no sentido da suspensão de funções. Essas coisas já não cabem ao advogado comentar. O juiz não determinou nenhuma garantia, nem pulseira eletrónica, nem vigilância. Confia que o sr. Vieira ficará na sua residência. Não se vê razão para que tenha de ficar confinado à habitação para prevenir o risco de fuga."
Situação de Vieira no Benfica: "Nos termos estatutários, Rui Costa é presidente durante a suspensão de funções de Luís Filipe Vieira. Em termos práticos, [Vieira] está a caminho de casa. Ele saiu do Tribunal de Instrução Criminal em liberdade."
Vieira poderá não avançar para recurso: "Sou defensor do sr. Luís Filipe Vieira para este processo. Não sou o representante. A partir do momento em que se pode dirigir à Comunicação Social, será ele a fazê-lo. Em termos práticos, pode não ter utilidade apresentar o recurso. Há um enorme cansaço e, repetindo o que foi dito pelo bastonário da Ordem dos Advogados, vai ter de se terminar de modo definitivo com detenções para interrogatório."