Advogado de Nuno Torres fala em dois grupos em Alcochete: "Foi coincidência ele estar lá"

Nuno Torres, adepto do Sporting que conduziu o BMW azul no dia das agressões em Alcochete, dois um dos quatro detidos numa operação policial em Lisboa, na quarta-feira, e presente esta quinta-feira no Tribunal do Barreiro.

O advogado Francisco Macedo Ferreira falou aos jornalistas à saída do tribunal e garantiu que o cliente não participou nas agressões e que foi à Academia conversar. "Este grupo é completamente diferente do outro. No Natal houve um grupo de adeptos que foi a Alcochete desejar boas festas ao plantel e esse mesmo grupo organizou-se agora outra vez para ir falar com os jogadores. Não foi o grupo que agrediu, pelo menos o Nuno Torres não foi. Está indiciados pelos mesmos crimes, o que está errado. Não estão indiciados como organizadoras ou autores morais, mas como participantes. Demarcam-se disso e vão falar amanha. À partida todos vão falar, o Nuno Torres vai falar e vai dizer o mesmo que disse às televisões no dia a seguir. Ainda bem que disse o que disse, está gravado e é o que vai continuar a dizer."

O causídico lembrou ainda que o cliente foi prejudicado pela divulgação das imagens do BMW a entrar e sair da Academia e fala em coincidências. "Para o Nuno Torres isto foi dramático. Aparentemente foi coincidência estar lá naquele dia. Ele vai dizer que é adepto do Sporting, orgulhoso por ser convidado para falar com jogadores e com Jorge Jesus. Ele vai negar todos os factos. Foi prejudicado porque filmaram matrícula do carro, esse carro está condenado e foi apreendido. São 57 mil euros. Ele foi visto lá e apanhavam-no sempre, mas não tem nada a esconder. Foi lá buscar colegas, mas à posteriori. Não assistiu às agressões, quando chegou já tinham acontecido. Ele não ia encapuçado, havia um grupo à parte e ele não entrou nesse grupo. Isso está nos autos, está fotografado", garantiu Macedo Ferreira.