Advogada de Bruno Macedo à chegada ao tribunal: "Nem costumo jogar no Totoloto..."
Paula Lourenço fintou as questões dos jornalistas.
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Paula Lourenço, advogada de Bruno Macedo, um dos quatro arguidos na operação Cartão Vermelho, desviou-se das questões dos jornalistas à chegada este sábado ao Tribunal Central de Instrução Criminal. "Espero com tranquilidade que tudo se resolva", disse, confrontada pela CMTV.
Sobre as medidas de coação que podem ser decretadas ao cliente, gracejou: "Nem costumo jogar no Totoloto".
Bruno Macedo, recorde-se, é empresário de futebol com forte ligação ao Benfica. Intermediou a saída de Jorge Jesus para o Flamengo e depois no regresso ao Benfica. Advogado, viu o seu nome no manifesto de voo do avião onde foram encontrados 500 quilos de cocaína - o mesmo onde deveria ter viajado Lucas Veríssimo, que reforçou o Benfica. Interveio ainda nas transferências de Morato e Talisca. Natural de Braga, é filho Vespasiano Macedo - ex-advogado de António Salvador, presidente do Braga.
Segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), os quatro detidos (Vieira, José António dos Santos e Tiago Vieira, além de Macedo) são suspeitos de estarem envolvidos em "negócios e financiamentos em montante total superior a 100 milhões de euros, que poderão ter acarretado elevados prejuízos para o Estado e para algumas das sociedades".
Em causa estão "factos ocorridos, essencialmente, a partir de 2014 e até ao presente" e suscetíveis de configurar "crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento".
Para esta investigação foram cumpridos cerca de 45 mandados de busca a sociedades, residências, escritórios de advogados e uma instituição bancária em Lisboa, Torres Vedras e Braga. Um dos locais onde decorreram buscas foi a SAD do Benfica que, em comunicado, adiantou que não foi constituída arguida.