Declarações de Rúben Amorim após o Estoril-Sporting (0-1), jogo da 33.ª jornada da I Liga
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Estoril ter garantido a permanência antes do jogo alterou estratégia? “Não senti isso, o Estoril esperou sempre que perdêssemos a bola e era importante isso não acontecer. Houve algumas ocasiões em que faltou o nosso remate, com o vento poderíamos ter causado problemas, mas não achei isso. Quando estamos ali a querer ganhar parece mais difícil, mas foi um jogo um bocado amarrado, não foi o mais agradável de se ver”.
Estreias de Diogo Pinto e Miguel Menino: “São situações diferentes. O Diogo Pinto fez a sua estreia e está a crescer, também no tempo de treino porque fomos tendo problemas nos guarda-redes. O Callai foi rodar e certamente estará triste porque trabalhou muto por este momento, mas ele para nós também é campeão nacional. Com o Menino é diferente, fez o seu trabalho na academia e nós não gostamos só de recompensar aqueles que têm muita exposição e que são vistos como os próximos craques, mas também aqueles que trabalham na sombra, que por vezes não são convocados, tudo isso é recompensado e é importante os miúdos perceberem a nossa dinâmica porque no futuro dará muito jeito”.
Mateus Fernandes não jogou contra o Sporting, o que achou da sua época no Estoril: “Ele não voltou porque não podia, porque é a regra. Ele para o ano está na equipa principal, fez uma grande época e lembro-me de dizer que ele estava mais preparado do que o Dário [Essugo] para integrar a equipa principal. Mas é pelo facto de estar mais preparado que precisava de jogar, mas para o ano é para estar no Sporting. Acho que ele é parecido ao Pote, vamos ver se conseguimos fazer o mesmo, é difícil porque ele é especial, mas o Mateus tem caraterísticas interessantes e ainda vai ser melhor”.
Diferença com o seu primeiro título no Sporting. E qual o momento em que a equipa precisa mais de evoluir? “A grande diferença é que melhorámos no ataque organizado. Tivemos os princípios do primeiro ano, em que defensivamente éramos muito bons, mas não passávamos muito tempo em ataque organizado. Passámos muito tempo a criar nuances ofensivas e depois fomos descobrindo que tipo de jogadores precisamos. Isto faz completamente a diferença e depois foi a capacidade dos centrais de ter bola, agora temos centrais capazes disso. Depois a capacidade de recuperar bola, ter Neto também é diferente de ter Quaresma pela parte ofensiva e agora somos muito mais rápidos defensivamente, isso muda a forma de jogar. Depois ter saído o Matheus Nunes, o Porro... O que aconteceu é que perdemos jogadores e parecia uma desgraça, mas depois mudámos o nosso sistema de jogo e o treinador com isso vai perdendo incertezas, por causa da ideia global. Estamos sempre a crescer e acho que temos de ser mais claros a defender em 4-4-2 e temos de mudar algumas caraterísticas que nos vão ajudar no futuro. É uma evolução normal e depois há também o mérito do scouting. Adoro Palhinha e Ugarte, mas diria que Hjulmand é o jogador mais completo na sua posição. Certamente já não serei o treinador favorito deles, mas é uma questão de todos na Academia entenderem a nossa filosofia de jogo”.