Vice-presidente Marco Sousa garante que os minhotos vão rescindir o protocolo com a SAD e querem começar a partir dos distritais
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Marco Sousa, vice-presidente da AD Oliveirense com a pasta das camadas jovens e das infraestruturas, garante que o clube vai "rescindir unilateralmente" o protocolo que mantinha com a SAD liderada por Sebastian Diericx, em virtude do alegado "incumprimento" do mesmo. "O clube reuniu-se ontem [anteontem] e vai denunciar o acordo existente. A SAD tem de abandonar as instalações do clube no prazo de cinco dias e não somos obrigados a ceder o direito desportivo dos juniores e dos seniores", explicou.
O dirigente garante que os minhotos vão avançar, já na próxima época, com uma equipa sob a chancela do clube que disputará o último dos distritais de Braga. "Não podemos hipotecar mais o futuro. A rescisão é unilateral e não carece de resposta", afirmou. Marco Sousa diz que a Direção está disposta a manter o acordo caso a SAD "regularize os incumprimentos", mas que o novo protocolo será "à medida do clube".
"Não podemos estar à espera de uma SAD insolvente, que tem rendas por pagar. O senhor Mario Luna [diretor desportivo] disse que existem dívidas do passado, o que é verdade, e que a sociedade paga um valor alto pelo aluguer das instalações, mas, desse valor, só pagaram julho e metade de agosto; estão há sete meses e meio sem liquidar nada. Além disso, era o clube que pagava as despesas de jogo, seguros e inscrições dos juniores", acusa.
Recorde-se que o antigo treinador Manuel Crespo apresentou o pedido de insolvência da sociedade anónima no decorrer desta temporada e o administrador da insolvência decretou, no final de fevereiro, o encerramento da mesma. Marco Sousa diz que, "perante a lei", a SAD "nem tinha direito a acabar o campeonato". "Há jogadores a passar fome, que têm sido ajudados por adeptos e pela associação Humanitave, que, inclusive, apelou à doação de roupa para a filha de um dos atletas.
A SAD diz aos jogadores para terem calma, mas, até agora, nada foi regularizado. Na prática, estão ao abandono", explica. "Temos de recuperar o nosso orgulho e bairrismo", conclui. O JOGO tentou obter uma reação de Mario Luna, mas o dirigente argentino manteve-se incontactável.
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