Rúben Micael, antigo médio ofensivo, vencedor de duas Taças de Portugal pelo FC Porto, sublinha as qualidades do extremo brasileiro.
Corpo do artigo
Jogou no FC Porto e no Braga, mas foi no FC Porto que venceu duas Taças de Portugal. É especial subir aquelas escadas do Jamor?
- É sempre especial quando ganhamos, especialmente para quem é português e sonha subir a escadaria desde a infância. Infelizmente, não ganhei pelo Braga, mas o sabor seria o mesmo se tivesse acontecido.
Para o FC Porto, é de especial importância ganhar a Taça de Portugal, para juntar à Supertaça e Taça da Liga, visto que o campeonato fugiu?
- Não será a Taça de Portugal que vai salvar a época do FC Porto, mas o FC Porto fez uma boa temporada, porque ganhou a Taça da Liga, a Supertaça, foi eliminado da forma que foi na Liga dos Campeões e, quem sabe, se não poderia ter ido à final, e lutou pelo título até à última jornada. Os portistas têm de estar orgulhosos. Sei que num clube como o FC Porto, não ganhar o campeonato é logo considerado um ano mau mas, olhando para os planteis, penso que o Benfica teve uma equipa mais equilibrada.
Que jogo espera entre um Braga que não perdeu em casa, contra os grandes, mas foi frágil fora e um FC Porto habitualmente forte em finais?
- Será um jogo bem disputado. O Sérgio não é treinador de se retrair em finais, as equipas dele fazem uma pressão muito alta desde o início, enquanto do outro lado vemos um Braga a jogar um futebol bonito e bem treinado. Se o relvado estiver em condições, tem tudo para ser um jogo aberto com oportunidades para ambos os lados
Também ganhou uma final da Taça da Liga ao FC Porto, pelo Braga, e o Braga venceu as últimas três finais frente ao FC Porto. Isso pode pesar?
-Cada jogo tem a sua história. Também ganhei ao Braga na final da Liga Europa, depois ganhámos a uma super equipa do FC Porto, na Taça da Liga. É um chavão dizer isto, mas os detalhes é que fazem a diferença. Como diz o presidente Pinto da Costa, as finais não são para se jogar, são para se ganhar.
Em que jogador aposta para decidir a final?
- No Braga, claramente o Ricardo Horta. Está outra vez muito bem e poderá fazer a diferença, embora, nestes jogos, por vezes apareçam jogadores a decidir que nem jogam tanto. No FC Porto, o Taremi é sempre um perigo e acredito, também, no Galeno. Se estiver num bom dia, parte aquilo tudo. Tem umas capacidades fora do normal. Se as primeiras duas ou três jogadas lhe correrem bem, vai desequilibrar.
O que se sente nas vésperas desta final?
- No dia anterior, todos ou quase todos os jogadores estamos tranquilos. Após o almoço do dia da final, já começa a haver aquele nervosinho na barriga, o que é bom, porque faz com que estejamos mais alerta. Quando começa o jogo, tudo passa.
A experiência do Sérgio Conceição em finais face ao estreante Artur Jorge, enquanto treinador, pode pesar?
- Pode ajudar, mas não vai fazer a diferença. Podes treinar uma série de situações e na primeira jogada do jogo acontece uma expulsão, ou alguém está distraído ou um lance menos positivo e acaba por dar golo e, aí, acabou tudo o que treinaste.
Vai ver a final?
Vou, obviamente.
16474059