Clube de Coimbra nega ter subscrito comunicado de diversos clubes da II Liga e não entende a decisão de terminar, à 24ª jornada, a II Liga 2019/20<br/> b
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A Académica agradece a reação solidária da FPF e dos clubes da 1ª Liga, mas isso não a impede de criticar a decisão de terminar a II Liga ao cabo de 24 das 34 jornadas e na sequência da pandemia de covid-19.
O clube de Coimbra, que nega ter subscrito um comunicado de diversos clubes da II Liga, diz-se mesmo surpreendido com a decisão da não terem incluído a II Liga no plano de desconfinamento, anunciado por António Costa no final da passada semana. "A Académica tem todas as condições, humanas e físicas, para assegurar o cumprimento das normas da DGS no que à realização de jogos diz respeito. Não há, em termos de infra-estruturas, uma diferença significativa entre a Académica e qualquer clube português, que justifiquem a decisão. Nós, felizmente, temos, no que ao estádio e academia diz respeito, do melhor que há em Portugal", pode ler-se num comunicado deste sábado.
"Esta decisão tem repercussões económicas e desportivas, ambas nefastas para os clubes da 2ª Liga. Após esta (injusta) decisão não podemos deixar de manifestar o nosso apreço pela reacção solidária da FPF e dos clubes da 1ª Liga pelo apoio demonstrado, mas tal não significa que concordemos com a decisão tomada", acrescenta a Académica, que fala de consequências irreparáveis. "Sentimos que os clubes da 2ª Liga foram marginalizados e as consequências desta decisão são irreparáveis: direitos de televisão, transferências e até a vertente desportiva. A decisão anunciada retirou-nos legítimas expectativas e prejudica-nos gravemente."
COMUNICADO
"Na sequência das notícias hoje veiculadas por alguns órgãos de comunicação social, que alegam que a Académica subscreveu um comunicado conjuntamente com outros clubes da 2ª Liga, vem a Direção da Académica informar o seguinte:
Ao longo das últimas semanas contribuímos com todos os clubes das ligas profissionais para tentar arranjar uma solução que permitisse a conclusão da 1ª e 2ª Ligas.
Fomos surpreendidos pela decisão anunciada pelo Senhor Primeiro Ministro, com a qual não concordamos. A Académica tem todas as condições, humanas e físicas, para assegurar o cumprimento das normas da DGS no que à realização de jogos diz respeito. Não há, em termos de infra-estruturas, uma diferença significativa entre a Académica e qualquer clube português, que justifiquem a decisão. Nós, felizmente, temos, no que ao estádio e academia diz respeito, do melhor que há em Portugal.
Esta decisão tem repercussões económicas e desportivas, ambas nefastas para os clubes da 2ª Liga. Após esta (injusta) decisão não podemos deixar de manifestar o nosso apreço pela reacção solidária da FPF e dos clubes da 1ª Liga pelo apoio demonstrado, mas tal não significa que concordemos com a decisão tomada.
Sentimos que os clubes da 2ª Liga foram marginalizados e as consequências desta decisão são irreparáveis: direitos de televisão, transferências e até a vertente desportiva. A decisão anunciada retirou-nos legítimas expectativas e prejudica-nos gravemente.
Prejudica a Académica, os seus associados e adeptos, os seus parceiros e patrocinadores e também os seus jogadores e trabalhadores. Todos eles sairão lesados com a não continuação da competição.
Esta posição foi já manifestada a alguns órgãos de comunicação social. É totalmente falso que tenhamos assinado ou subscrito qualquer comunicado.
A Académica há muito que conquistou o respeito de todos e exige continuar a ser respeitada."