Face às dificuldades financeiras, sócios aprovaram que o Pavilhão Jorge Anjinho e a antiga sede sejam utilizados para operações de financiamento
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Face às grandes dificuldades financeiras, e depois de ver recusada por uma entidade bancária a operação de 1 milhão de euros que tinha sido aprovada na Assembleia Geral (AG) de 23 de Setembro, a direção academista apresentou esta sexta-feira uma nova proposta numa assembleia extraordinária que visa realizar empréstimos que envolvam o Pavilhão Jorge Anjinho e a antiga sede. "É imperioso o financiamento", insistiu Paulo Almeida, pedindo a aprovação dos associados. Depois de muita discussão, a proposta foi aprovada com 87 votos a favor, 10 abstenções e um voto contra. Também ficou decidido que o pavilhão poderá ser vendido por um valor mínimo de 3 milhões de euros e que uma sociedade composta por sócios pode adquirir a antiga sede.
Antes, numa AG ordinária, o relatório e contas de 2015/2016 que tem um passivo superior a 9 milhões de euros (4.4464 milhões no OAF e 4.775 na SDUQ) e que sofreu uma redução de cerca de 1 milhão de euros, e o orçamento de 2016/2017 de cerca de 3 milhões de euros (2,3 da SDUQ e 670 mil euros do OAF) foram aprovados. O primeiro com 74 votos a favor e 34 abstenções e o segundo com 62 votos a favor e 36 abstenções. Paulo Almeida entende que "as contas são mais graves do que os documentos espelham", que "a SDUQ está falida" e apontou o dedo à Direção anterior, falando de uma "gestão catastrófica" ao explicar que em 2015/2016 houve 5,2 milhões de euros em receitas e 5,5 milhões de euros de despesas, pelo que "gastou-se mais do que se recebeu". Perante o quadro negro que apresentou, o presidente entende que "é imperioso garantir a sustentabilidade financeira" num trabalho que será "difícil a médio longo prazo", sendo que para esta época são esperadas cerca de 2 milhões de euros de receitas perante despesas previstas na ordem dos 5,5 milhões.
A sessão ficou ainda marcada pela troca de argumentos entre o atual e o anterior presidente a propósito da dívida de cerca de 2 milhões de euros que este último reclama. José Eduardo Simões diz estar à espera de uma resposta por parte do elenco diretivo, sugerindo que lhe apresentem "um plano de pagamentos".