Isaac, que apenas realizou dois jogos oficiais pela equipa B da Briosa, esteve no país durante poucos meses até abandonar o clube, com o qual tem um contrato ainda válido
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Reforço da Académica, contratado em setembro passado, para esta época, Isaac Drogba, filho do célebre avançado costa-marfinense, esteve em Coimbra até janeiro, rumou a França por motivos pessoais e não mais voltou ao clube dos estudantes.
O avançado de 21 anos, inicialmente integrado na equipa sub-23 coimbrense, solicitou aos responsáveis da Académica uma ida temporária a solo gaulês para, justificou o próprio, realizar provas de ensino, tendo esse pedido sido aceite.
"Em janeiro, disse que tinha exames para fazer no secundário em França, onde ainda estava inscrito. Acordámos uma data de regresso e ele não mais apareceu", revelou Miguel Carvalho, treinador conimbricense, ao portal desportivo "ZeroZero".
O técnico garantiu que a direção do clube desconhece o paradeiro de Isaac Drogba e se o dianteiro vai, inclusive, regressar a Coimbra, para cumprir o contrato ainda válido. "Não soubemos mais nada sobre ele. Sinceramente, nem sequer sabemos se vai voltar".
Sobre o lado futebolístico, Miguel Carvalho assumiu que o filho de Drogba deixou a desejar em entrega no trabalho semanal. "O miúdo tinha algumas condições [físicas e técnicas enquanto jogador], mas a capacidade de trabalho era reduzida", referiu.
A falta de compromisso e vontade, aliada à pouca utilização e a uma despromoção, terá, eventualmente, ditado a decisão de Isaac em abandonar a Académica, dado que, após sofrer uma lesão, foi colocado na equipa B (Div. Honra), pela qual só fez dois jogos.
"A equipa B, composta pelos que não foram convocados nas equipas sub-19 e sub-23, é um espaço competitivo difícil. Depois, lesionou-se e ficou fora de ação durante semanas. Por isso, acabou por não jogar na Liga Revelação", lembrou Matheus Palmério, central sub-23 da Briosa e antigo colega de casa.
Isaac Drogba, descrito como "acomodado" - "os que realmente querem vão atrás [do sonho de ser profissional], salientou, em jeito de crítica, o treinador Miguel Carvalho - começou a jogar, em 2017, na formação do Chelsea, clube no qual o pai deixou um grande legado.
Em 2018, o jovem avançado costa-marfinense deixou Londres e mudou-se para o Guingamp (França), tendo depois, em 2020/21, representado a Caratese, última experiência antes da efémera e misteriosa passagem pela Académica.