Vila Desportiva é mais uma marca da afirmação do Moreirense, presidido por Vítor Magalhães, na indústria do futebol. Visão global do mercado e aposta firme nos jovens
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Um projeto ousado, com objetivos concretos para o clube e pronto para servir toda a região.
A Vila Desportiva está a crescer. Qual a importância desta infraestrutura para o clube?
-A Vila Desportiva é muito importante para o futuro. O Moreirense não é só Moreira de Cónegos. Estamos a oito quilómetros de Guimarães, concelho ao qual pertencemos, mas também estamos no fim dos concelhos de Famalicão, Santo Tirso, Paços de Ferreira e Felgueiras, além de estarmos ao lado de Vizela. Num raio de três ou quatro quilómetros, há mais de 50 mil pessoas. Esta não é uma obra a pensar apenas em Moreira de Cónegos. Tem dimensão para servir toda esta região. Acabar a Vila Desportiva é um passo gigante na nossa estratégia.
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Como foi pensado o projeto?
-A nossa ideia é alargar horizontes nesta industria tão forte como o futebol e colocar as nossas instalações ao serviço das populações. Temos de pensar nos moreirenses mas também no nosso concelho e na comunidade da região. Queremos ter condições para manter uma gestão equilibrada e um clube economicamente viável. No futebol já ninguém vive de mecenas.
Manter o clube na I Liga é essencial para este plano de crescimento?
- Temos de ter muita atenção às descidas, por causa da brutal diferença de receitas. Para isso também nos falta um degrau e que vamos subir em breve, que é a criação da equipa de sub-23. Não podemos pensar apenas no nosso mercado. Devemos ser competitivos no mundo do futebol.
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Até onde pode chegar o clube com este passo?
-O clube só pode crescer pela lado das infraestruturas e a gestão tem de ser aberta e correta. Só assim as pessoas acreditam no pequeno Moreirense. Ninguém nasce grande, nós somos pequenos mas limpinhos e arranjados. O melhor investimento que podemos fazer é criar condições para os jovens. Somos pequenos, mas na gestão tentamos ser iguais aos melhores. O mesmo acontece nos nossos valores. Temos de fazer do futebol uma festa. A nossa massa associativa e simpatizantes, muitos deles jovens, acompanha-nos imenso e têm, como nós, o cuidado de receber e despedir-se bem de quem nos visita, de Norte a Sul. Não podemos nem vamos atropelar esses valores.