Ac. Viseu-FC Porto um a um: nome para levar a sério e a pinta de Vítor Ferreira
Confira as notas atribuídas por O JOGO aos jogadores de Av. Viseu e FC Porto no encontro da primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal, que terminou empatado (1-1).
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AC. VISEU UM A UM
Ricardo Fernandes 6
Deixou fugir um remate forte e à figura de Vítor Ferreira (76"), mas redimiu-se logo a seguir com uma grande defesa ao disparo de Nakajima. Corajoso no último lance com Saravia e sem culpas no golo.
Rui Silva 7
Fez marcação cerrada a Luis Díaz e levou o colombiano a um ataque de nervos: foram três as ocasiões em que se antecipou e impediu o extremo de visar a baliza. Travar Corona é que já foi mais difícil...
Pica 6
Foi o primeiro jogador do Académico a tentar alvejar a baliza (6") e obrigou Diogo Costa a esticar-se. Aos 52", provocou um susto com um corte que passou perto da baliza. A experiência foi muito útil.
Félix Mathaus 5
Esticou-se todo para travar o passe de Vítor Ferreira, mas não evitou que a bola chegasse a Zé Luís, no 1-0. Sobressaiu depois com dois excelentes cortes sobre Marega, na primeira parte.
Lucas 5
Saravia investiu inúmeras vezes pelo seu lado e o saldo é positivo a favor de Lucas.
João Oliveira 6
Mesmo que nem sempre tenha feito tudo bem, foi importante pelo critério que deu à equipa com bola. Aos 49", aventurou-se pela esquerda e deixou alguns adversários para trás num lance perigoso, antes de, na área contrária, ter acabado com uma investida semelhante de Manafá.
Kelvin Medina 7
Pelo menos por uma noite, o nome Kelvin não arrancou sorrisos aos portistas. Pelo contrário. Além de limpar várias jogadas, em auxílio à defesa, ainda foi à frente desenhar o cruzamento perfeito para o golo de João Mário.
Luisinho 5
Teve alguns cruzamentos que obrigaram a defesa portista a estar atenta e destacou-se, acima de tudo, pelo empenho e eficiência nas tarefas defensivas. Tentou a sorte num livre direto (81"), mas saiu por cima.
Fernando Ferreira 5
Procurou fazer a ligação ao ataque deambulando pelo último terço, mas a tarefa era difícil. Testou a atenção de Diogo Costa, aos 42", e perdeu a bola para Vítor Ferreira, no lance do golo azul e branco.
Jean Patric 5
Começou na tarefa árdua de ir à luta entre os centrais, sem ter tido oportunidade de finalizar. Terminou à esquerda e aí já teve mais espaço para se mostrar, sempre com o mesmo empenho.
Carter 5
O herói da última eliminatória foi lançado aos 67" e conquistou um canto segundos depois. Espreitou numa ou noutra jogada , mas Diogo Leite não lhe deu chances.
Bruninho -
Um minuto em campo.
Diogo Santos -
Só teve tempo de entrar no relvado.
A FIGURA
João Mário 7
As ameaças eram mesmo para levar a sério
João Mário cedo mostrou que ia obrigar os defesas a terem cuidados redobrados com ele, com o cartão amarelo arrancado a Loum logo aos 12", numa das muitas arrancadas em velocidade de ponta que desferiu pelo corredor esquerdo. Igualmente astuto na leitura de jogo, o extremo da Guiné Bissau antecipou o cruzamento de Kelvin e mergulhou num gesto técnico perfeito que mantém o Ac. Viseu a sonhar com o Jamor.
FC PORTO UM A UM
Diogo Costa 5
De volta à titularidade na Taça de Portugal, teve uma atuação de bom nível. Apesar de o golo ter surgido no espaço aéreo, não teve culpa. Esteve até bem noutros cruzamentos, demonstrando enorme segurança.
Saravia 5
Reapareceu na equipa e fez todo o corredor a grande velocidade. Foi ainda o responsável pela grande maioria dos pontapés de canto. Penalizado por ter chegado atrasado no lance do golo do empate.
Mbemba 4
Falhou o corte e permitiu a João Mário o cabeceamento vitorioso. Na parte final do encontro tentou redimir-se, mas o remate, aos 90", saiu ao lado da baliza do Académico de Viseu.
Diogo Leite 6
Um choque, nos minutos iniciais, obrigou o capitão portista a jogar com a cabeça ligada, mas isso não afetou o seu rendimento, jogando sempre bem nas antecipações. Sem responsabilidade no golo do empate.
Manafá 5
Aventurou-se, e muito, no ataque, mas com poucos resultados práticos. Nunca desistiu, insistiu, e obrigou o adversário a estar sempre atento. Defensivamente, foi cumprindo.
Loum 5
Jogou à frente da defesa e tentou dar cobertura aos centrais, mas nem sempre teve a capacidade de recuperação que era necessária. Procurou ainda ser o primeiro a construir jogo, através de passes curtos ou longos.
Romário Baró 6
Teve algumas boas combinações com os companheiros, procurou jogar simples e compensou as subidas de Saravia. Na ala direita ou pelo meio, tentou fugir às marcações, demonstrando inteligência de jogo, com e sem bola.
Vítor Ferreira 7
O miúdo tem pinta. Que jogaço! O passe sensacional que fez para o golo de Zé Luís foi um dos bons momentos que teve, num jogo em que encheu o campo a defender e a atacar. Tentou ainda dar a vitória à equipa, aos 76", num remate potente, e quase contava com a colaboração do guarda-redes.
Luis Díaz 5
Correu muito e aliou técnica à velocidade para provocar desequilíbrios na defensiva viseense, mas nem sempre com sucesso. Sofreu algumas faltas, ficou a queixar-se e acabou substituído.
Zé Luís 6
Regressou à competição e marcou, dois meses depois, num lance em que, depois de receber um grande passe de Vítor Ferreira, finalizou com calma. Teve ainda mais alguns bons pormenores que comprovam que está de volta à boa forma.
Marega 4
Era o homem mais adiantado e foi o primeiro a criar perigo, mas depois de receber um passe de Vítor Ferreira, atirou escandalosamente ao lado. Tentou ainda o golo noutras ocasiões, mas sem êxito.
Nakajima 6
De volta à equipa, entrou bem no jogo. Muito mexido no ataque, tentou combinações com os companheiros e procurou ainda o golo num excelente remate, de fora da área, mas o guarda-redes voou e desviou a bola para canto.
Corona 6
Saltou do banco e foi um diabo à solta. Sobretudo quando fugia da ala para a linha de fundo. Excecional um slalom que fez já nos instantes finais, num lance em que os portistas ficaram a reclamar uma grande penalidade.
Soares 4
Teve tempo para mostrar serviço, mas não teve espaço. Muito marcado pelos defesas centrais do Académico de Viseu, nunca conseguiu fugir para tentar criar perigo.