Treinador do Braga falou sobre o jogo com o Aves, do mercado e não só.
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Expectativas contra o Aves: "É uma equipa que adotou um sistema tático diferente e que eu até conheço bem. Joguei nesse sistema, precisamente com o Augusto Inácio. É uma equipa competitiva e que joga muito em transições, com jogadores que dão largura por fora e com homens da frente a fazerem diagonais. Vai ser um jogo duro para nós. Apanhamos sempre equipas em bons momentos de forma, mas estamos preparados e o objetivo é o mesmo de sempre: vamos aplicar o nosso plano de jogo. As rotas de ataque estão muito bem definidas. A forma de defender contra essa equipa, que agora joga em 3x4x3, também está bem definida".
Sentimento após o fecho do mercado: "É o mesmo que tinha em setembro, após o fecho do mercado de verão. Esta equipa está super-comprometida, com os nossos jogadores a marcarem golos e a quererem melhorar. Nenhum jogador me disse que queria sair e isso é bom. É sinal de que estão todos comprometidos com a equipa, incluindo os que jogam menos. Temos 24 jogadores e só podem jogar 11 de início. Mesmo os que não jogam ou jogam menos, têm tido um papel fundamental na competitividade interna. Só assim estamos cada vez mais preparados para os nossos adversários. A cada dia e a cada treino, os jogadores querem desafiar os seus limites e os resultados vão aparecendo de forma natural".
Sequeira: "está disponível"
Dyego Sousa ficou no plantel: "O Dyego tem corrido quilómetros como nunca. Isso tem a ver com o processos ofensivos e defensivos da equipa. Tudo o que lhe está a acontecer é fruto do trabalho dele, é mérito dele. Tem tudo a ver com as dinâmicas da equipa e, também por isso, tem feito muitos golos. Acredito que vai continuar a fazer o que fez em janeiro. Temos sempre uma comunicação direta para que o rendimento dele seja a 200 por cento".
O rendimento da equipa: "Temos que canalizar toda a nossa energia naquilo que controlamos. O difícil não é ganhar, o difícil é ganhar de forma consistente. E isso é duro, gera momentos de tensão. Eles sabem que os resultados aparecem em contextos duros de trabalho. Acredito que em maio esta equipa vai ter aquilo por que está a lutar. Está a fazer por merecer isso. Amanhã (hoje) será mais um jogo duro e nem sei em que condições estará o terreno. Teremos de nos adaptar a todas as nuances de jogo, depois veremos o que vai acontecer".
O mercado: "Desde que sou treinador do Braga, a planificação de uma época não se faz quando termina uma. Faz-se muito antes. Faz-se em função dos recursos que temos, chegando antes dos outros. Temos que estar preparados para as exigências que colocamos internamente".
Equipa B: "Gostava de ter uma varinha mágica para dar vos dar respostas com precisão sobre todos os jogadores. Uma coisa é o potencial de um jogador, outra coisa é o seu rendimento. E hoje não é fácil jogar na equipa do Braga. A camisola pesa. Temos que contratar jogadores para a formação que possam ser mais valias no futuro. Não vale a pena contratar só para encher. Temos que acertar. Não há margem de erro para a equipa principal. Não nos podemos dar ao luxo de dar tiros ao lado. Temos é que contratar jogadores para a formação. Um dos jogadores que contratámos agora (Martelo) foi campeão da Europa como o Trincão. E tudo o que acontece depois a esses jogadores é por mérito deles".
A equipa está cansada? "Ser treinador não é só preparar os jogadores, é também liderar um grupo. Mas não estamos sozinhos nisto. Vejam por exemplo o Santa Clara: é das equipas com mais pontos somados fora de casa. Por aí, está nos três primeiros lugares. Não jogamos sozinhos. É uma equipa altamente organizada que nos criou muitas dificuldades. Ultrapassámos esse obstáculo com velocidade e competência. Quando tirei o Dyego em Portimão, foi por uma questão de gestão. Temos recursos e ferramentas para fazer isso".