A terceira lei de Luis Díaz: frente ao V. Guimarães, o colombiano reforçou um hábito

Por mais que a expectativa, a exigência e a pressão subam, Luis Díaz não baixa de nível e continua a acumular golos, dos mais simples aos mais vistosos, dos que compõem goleadas aos que decidem jogos.

Citação citacao O colombiano conta 19 partidas em 2021/22 e está lançado para a melhor época da carreira: recorde pessoal está a quatro golos de distância. Seis pontos na Liga Bwin passaram diretamente por ele

Frente ao V. Guimarães, o extremo do FC Porto apontou o 12.º golo da temporada e já deixou para trás o registo de 2020/21, num andamento que o projeta, sem grandes dúvidas, para a melhor época da carreira. Mais três disparos certeiros e ultrapassa os 14 golos de 2020/21, a melhor marca de dragão ao peito, enquanto o recorde pessoal está a quatro de distância: remonta a 2018 com a camisola do Junior Barranquilla.

Não acontecendo nada de sério, dizer que é uma questão de tempo até Díaz desfazer todos as marcas pessoais é fácil de supor por ainda nem estarmos a meio da temporada (o camisola sete foi utilizado em 19 partidas). O quão rápido poderá ser é mais difícil de antecipar, mas se "Lucho" mantiver esta cadência pode nem ser preciso esperar por 2022. É que Luis Díaz nunca esteve mais do que três jogos sem marcar desde o início da época. Até ao sétimo encontro, frente ao Moreirense, o "cafetero" festejou em ritmo jogo sim-jogo não. Daí para a frente, esteve por três vezes desafiado a regressar aos golos ao terceiro jogo e nunca falhou. A última foi mesmo no domingo, depois de não ter marcado frente a Feirense (com a ressalva de não ter alinhado a titular) e Liverpool. Por outro lado, a maior sequência a faturar é também de três partidas e remonta a Boavista, Milan e Santa Clara.

Para lá da quantidade e da qualidade dos golos está o caráter decisivo deles. Na receção ao Vitória, Luis Díaz teve um disparo determinante para o resultado final pela quarta vez no campeonato, prova na qual é o melhor marcador, com dez golos, e "o melhor jogador", na opinião de Marega. O extremo já tinha contribuído diretamente para os empates (1-1) com Marítimo e Sporting e para o triunfo (2-1) diante do Paços de Ferreira, garantindo assim seis pontos aos dragões. Na Liga dos Campeões, o impacto é semelhante, já que saíram do pé direito do extremo os dois golos apontados no duplo confronto com o Milan.

Mais desafiante será levar até ao fim o título de melhor marcador do campeonato e replicar os passos do compatriota Jackson Martínez. Foi o último jogador do FC Porto a alcançar esta distinção, na época 2014/15, com 21 golos.