A família do médio mexicano que está a caminho do FC Porto chorou baba e ranho em dezembro, mas a aventura europeia acabou adiada. Mas só por uns meses...
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Em dezembro, numa altura em que surgiam os primeiros ecos do interesse do FC Porto, Herrera tratou de chamar a família, juntou-lhes uma banda de música e despediu-se. Conta ele: "Estamos preparados para mudar desde dezembro, quando se dizia que partiríamos. Fizemos até uma festa, com mariachis, mas acabámos por não ir. A família chorava e sofria, porque não iria poder ver o bebé."
Quase seis meses depois, com o filho já mais crescido, e junto à esposa, Chantal, o médio socorreu-se desse episódio para, em jeito de superstição, não acelerar a confirmação oficial da saída para o futebol europeu, ainda que o próprio já tenha admitido ter dado a palavra ao FC Porto.
"Preferimos não nos adiantar. Quanto estiver certo, agarramos nas malas e vamos; não estamos preocupados com o que vamos encontrar ou se não vamos poder ver a família, com a comida, a língua...", acrescentou, numa entrevista em família, ontem, à TV Récord, do México, na sequência de outra entrevista, a O JOGO, amplamente destacada em território mexicano.
Apesar das cautelas no que toca ao destino, o médio do Pachuca diz-se pronto a contrariar uma espécie de maldição mexicana, que vem adiando a explosão de um grande talento do país no futebol europeu.
O FC Porto, que também já contratou Reyes, agradece que a suposta maldição seja mesmo só uma crença sem fundamento. Confrontado com os exemplos recentes de Efrain Juaréz e Pablo Barrera - que já regressaram ao México, depois de fracassarem no Celtic, West Ham e Saragoça - Herrera não vacilou.
"Não tenho medo. Eles não fracassaram, apenas não lhes correu como esperavam. Isso pode evitar-se trabalhando bem e treinando muito, dando o máximo nos jogos." Jogar na Europa, disse, "é outro nível e creio que estou preparado."
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