Óliver vai regressar ao campeonato espanhol e reencontrar Julen Lopetegui no Sevilha.
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Óliver Torres está em Sevilha para ser oficializado como nono reforço do Sevilha de Julen Lopetegui, que ainda há dias apresentou outro antigo portista: Fernando Reges, que estava no Galatasaray.
Serão colegas no meio-campo andaluz a pedido expresso do treinador, que ligou a Óliver numa série de ocasiões e o convenceu a aceitar um novo desafio. Na verdade, o espanhol nunca foi primeira opção de Sérgio Conceição e isso pesou bastante na decisão de trocar de clube e de cidade, algo em que não tinha pensado sequer antes de chegar a proposta do Sevilha. Já lá vamos. Primeiro os contornos do negócio.
O FC Porto investiu 20 milhões de euros em 85% do passe do espanhol em fevereiro de 2017, quando esteve estava emprestado pelo Atlético de Madrid. Nuno Espírito Santo era, por essa altura, o treinador dos dragões e o médio tinha lugar cativo na equipa. Não foi só por isso, no entanto, que a SAD avançou para o jogador. No empréstimo já havia sido fixada uma cláusula de compra obrigatória e essa foi acionada uns meses mais cedo. O Sevilha vai agora pagar 12 milhões de euros pelo jogador, ficando mais três milhões previstos para a consecução de determinados objetivos, um deles a entrada na próxima Liga dos Campeões. Há outros, contudo, que o clube espanhol até pode vir a especificar. O FC Porto começou por recusar a proposta de 12 milhões de euros e tentou esticar a corda para não "perder" muito entre a compra e a venda. Mas o valor de mercado do jogador caiu a pique após dois anos com Conceição. O médio ainda começou por ser titular, mas Sérgio rendeu-se à dupla Danilo-Herrera e Óliver não voltou a ser primeira opção. A dois anos de terminar contrato, e perante a vontade expressa de sair, pairou o fantasma de Herrera, Reyes, Marcano ou Brahimi, por exemplo e o FC Porto acabou por aceitar os 12 milhões de euros propostos pelo clube espanhol, com os bónus que as negociações acrescentaram.
O antigo clube de André Silva estava há algumas semanas no encalço do jogador, mas o FC Porto nunca esteve disponível para o libertar antes de assegurar um sucessor. A perda de Herrera já havia sido dura que baste, pelo que a três semanas do arranque oficial da época, Conceição não queria perder a principal alternativa ao mexicano. A verdade é que Óliver nunca se sentiu verdadeiramente fundamental no FC Porto e foi-se desmotivando, de forma inversa à tentação que o Sevilha passou a ser. Orientado por um treinador que o aprecia bastante (foi Lopetegui que o contratou para o FC Porto), o Sevilha é um dos clubes mais importantes em Espanha, abre-lhe as portas da Seleção e permite-lhe ficar ainda mais perto de casa sem deixar de disputar competições aliciantes e títulos. Hoje o jogador vai explicar tudo e despedir-se dos adeptos, já depois de assinar por cinco anos com o Sevilha.
Quanto ao FC Porto, acaba por minimizar a perda e ganhar força no mercado para atacar um novo médio, que já era um objetivo e se torna agora urgente. Poderá estar por dias...
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