Declarações de Fernando Gomes, responsável pela área financeira da SAD do FC Porto, na apresentação das contas do primeiro semestre de 2023/24
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Para além do capital, os parceiros também vão aportar “know how”, onde se prevê maior aumento das receitas? “Este valor é a subscrição de uma participação financeira, mas vão trazer enorme melhoria. Desde logo, o projeto está elaborado e os camarotes vão sofrer uma pequena revolução. São eles que trazem esse ‘input’: mais confortáveis, mais lugares de camarotes. Temos uma lista de espera grande para os camarotes e para a tribuna VIP. Este novo projeto vai permitir aumentar a capacidade e isso será feito sempre sem prejuízo dos utentes. Será feito em dois anos, durante o período sem atividades desportivas. Seja na publicidade, na sponsorização, naming ou gestão do próprio equipamento, vamos ter uma equipa residente que vai ajudar. No catering já começou a trabalhar”.
Que impactos terá este negócio nos montantes para a equipa de futebol e em termos de capacidade de investimento? “O passivo não está resolvido, está equilibrado. Mas ainda exige muita atenção e isso impacta nos encargos financeiros. E esse terá de ser um dos grandes objetivos no próximo mandato. O grande objetivo de uma SAD é o sucesso da sua equipa desportiva, sem loucuras, porque alguma vezes nem sempre a despesa andou ao lado do sucesso desportivo, mas acontece. O grande objetivo da SAD e de qualquer equipa de liderança no FC Porto será o sucesso da equipa”.
Foi contabilizado o novo Mundial de Clubes? “Não quis falar nisso. É verdade que o FC Porto faz parte dos clubes e a base de participação são 50 milhões de euros que serão inscritos nas contas da próxima época”.
Perderam-se 30 M€ nestas antecipações? “É mais um dos enormes disparates. Não quero crer que é falta de informação, mas podiam ter telefonado que damos respostas, não podemos é responder às redes sociais, senão tínhamos de ter uma equipa só para essas coisas. É falacioso. De tal forma que ainda temos mais um ano liberto”.
Qual é o valor concreto da reavaliação do Dragão? “Não é do estádio, é dos negócios gerados pelo estádio. A reavaliação face aos novos parceiros foi avaliada em 278 M€”.