"A qualidade individual e coletiva do FC Porto obrigou-nos a um grande desgaste"

- O Aves veio com vontade e promessa de fazer um bom jogo no Dragão. Conseguiu-o?

"Sim, sem dúvida, foi o que se passou nos 90 minutos. ​​​​Sabíamos que o FC Porto ia começar forte e entrámos desconfiados disso. Nos primeiros 15/20 minutos não estivemos confortáveis com bola, mas estivemos bem a fechar os espaços, Com as nossas dinâmicas, ocupámos espaços em organização e não permitimos que entrasse no nosso último terço defensivo. Foi pena que, quando ainda discutíamos um lance, numa desconcentração, sofremos o golo. Depois disso, o Aves soltou-se e começou a chegar mais à frente. Mostrámos grande caráter, personalidade e mantivemos o resultado incerto até final"

- Mas não dispuseram de grandes oportunidades de golo.

"É verdade que não criámos lances de finalização clara, mas num ou noutro, com melhor definição, poderíamos ter criado mais dano na defensiva do FC Porto"

- Com alterações efetuadas, tentou passar a mensagem para arriscar mais? Ou a equipa já não tinha oxigénio?

"O FC Porto obrigou-nos a um grande desgaste, graças à sua qualidade individual e coletiva. No entanto, pensávamos poder aproveitar alguns espaços que concedem nas costas, com passes de rotura, mas o desgaste já era grande e não chegámos com critério ao último terço ofensivo".

- Sendo Pires treinador interino, a exibição de hoje pode ser importante para se perceber se passa a definitivo?

"Eu já disse: a minha posição não é importante. Importante é que o Aves saia da posição em que está. Estou aqui há 14 meses e a SAD sabe o que quero para o clube e a minha forma de estar".