O brilharete pelos sub-20 do Equador valeu-lhe a Bola de Bronze da competição, mas também uma condição física superior que pode fazer a diferença para toda a concorrência
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Marcada pela reviravolta a favor do Rapperswil, a segunda parte do particular da passada quarta-feira trouxe à tona a falta de pernas e de entrosamento entre alguns jogadores, mas também serviu de palco a uma das estrelas em ascensão do plantel do Sporting. No lado direito do ataque, Gonzalo Plata deu nas vistas pela qualidade técnica e até esteve perto de marcar. A exibição do equatoriano deixou água na boca e surge na sequência de um Mundial sub-20 no qual o jovem tinha dado nas vistas ao ponto de vencer a Bola de Bronze.
A ascensão do jogador tem sido facilitada por um contexto de condição física que difere, em tudo, da dos colegas. Contratado no passado mês de março, Plata disputou apenas quatro jogos, todos pelos sub-23, até se juntar aos colegas equatorianos para a disputa do Mundial, em maio. Durante esses três meses, o extremo foi "moldado" em Alcochete para se adaptar, sem pressas, às exigências do futebol europeu e, posteriormente, fez uma espécie de período de pré-época na seleção com o intuito de chegar na melhor forma possível a um certame em que o Equador terminaria em terceiro lugar.
A estadia de Plata na El Tri terminou a 16 de junho e a integração do atleta nos trabalhos de pré-época dos leões ocorreu no dia 5 de julho. Ainda com as pernas a "escaldar" do brilharete na Polónia e com a lição bem estudada, o jogador transpirou confiança nos treinos e aproveitou bem o menor fulgor físico dos concorrentes e a ausência de Diaby, na CAN, para começar a ganhar pontos numa posição em que ainda existem muitas indefinições.