Carlos Pereira, presidente do Marítimo, reagiu esta quinta-feira à notícia do regresso do campeonato da I Liga
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O regresso da I Liga: "A minha primeira reação é positiva e bem-vinda. Mas é bem-vindo não só pelo futebol, mas sim porque a vida volta à normalidade, a partir de 1 de junho. Portanto, só tenho que aplaudir, porque é um sinal que está a passar para o exterior de que a nossa vida já não corre tanto perigo. A partir de dia 1 de junho quase todo vai estar aberto, ou seja, é sinal de que esta pandemia não evoluiu tanto e que tem uma curva descendente já bem acentuada que nos dá uma certa garantia para a livre circulação."
"Mas, também não consigo perceber como é que o cinema e teatro podem ter pessoas num ambiente fechado e o futebol não pode ter ninguém. Nesse aspeto, custa-me a perceber, mas tenho que aceitar"
Jogos à porta fechada: "À porta fechada não é espetáculo. Acho que é mais parecido a um funeral do que a um espetáculo, mas tenho que respeitar. Mas, também não consigo perceber como é que o cinema e teatro podem ter pessoas num ambiente fechado e o futebol não pode ter ninguém. Nesse aspeto, custa-me a perceber, mas tenho que aceitar, porque não posso ir contra as entidades e alterar essa medida. Acho que os jogos à porta fechada não é bom, não é bonito, nem é espetáculo. Acho que as pessoas têm o direito de assistir. Se não assistirem no estádio, vão assistir na televisão e, nesse caso, também vão fazer ajuntamentos em casa, restaurantes e em muitos outros lugares, sem que haja um polícia em cada casa, restaurante, ou em cada lugar onde poderá haver a concentração de pessoas. Acho que seria preferível limitar os espaços como será no teatro e cinema, do que propriamente fechar o acesso das pessoas ao estádio, até porque os estádios hoje têm muito conforto, são todos muito arejados e penso que em 33% da lotação já seria um número que daria espaço para muitas pessoas."
"Compensar? Não foi imposto por mim. É uma medida que o governo determinou e não tem que haver aqui compensações. Se houver, tem que ser da parte do responsável que proibiu"
Concentração geográfica dos jogos: "O primeiro-ministro não disse nada sobre os jogos serem concentrados numa zona específica do país, apenas referiu que vão ser à porta fechada. Se nós vamos voltar à normalidade, é à normalidade. O campeonato é normal e tem que ser realizado conforme mandam os regulamentos da Liga. Não vou alimentar cenários quando eu não concordo com eles."
Compensar os sócios: "Compensar? Não foi imposto por mim. É uma medida que o governo determinou e não tem que haver aqui compensações. Se houver, tem que ser da parte do responsável que proibiu."