Paulo Sérgio colocou Nakajima no centro do terreno e justificou a opção aludindo à criatividade do seu pupilo, que "sai para pegar no jogo". A derrota foi "compensada" por alguns bons indícios de Shoya
Corpo do artigo
O Portimonense sofreu em Braga a derrota mais pesada da época (3-0), mas é bem capaz de ter regressado a casa com uma ligeira satisfação: a segunda parte de Shoya Nakajima mostrou que o japonês anda mesmo à procura de uma nova vida, depois da grave lesão sofrida ao serviço do Al Ain, que o deixou fora dos relvados durante cerca de oito meses.
Nakajima entrou no final da primeira parte, tardou a engrenar, até porque a equipa estava a atravessar um momento complicado no jogo, mas, após o intervalo, teve nos pés a melhor oportunidade - bela defesa de Matheus - e revelou ainda alguns dos pormenores que fazem dele um jogador acima da média.
"O Shoya é muito criativo, sai para pegar no jogo e teve solicitações na profundidade que não aproveitámos", reconheceu Paulo Sérgio, justificando, por tabela, ter optado por o colocar mais no centro do terreno do que no flanco. O treinador, aliás, já tinha dito aos jornalistas, ainda antes do jogo com o Estoril, que Nakajima estava a caminho do seu melhor.
Lançado na Taça de Portugal, frente à Oliveirense, o internacional nipónico foi depois duas vezes suplente utilizado no campeonato.
A extremo ou a dez, Nakajima será, certamente, um trunfo importante para os algarvios. Precisa de ganhar mais ritmo e recuperar alguma intensidade, o que é natural face à prolongada paragem, mas o resto, como se costuma dizer, "está lá".
O japonês tem 27 anos e está emprestado pelo FC Porto, mas foi no Portimonense que saltou para a ribalta, em 2017/18, com dez golos e 11 assistências.