Claque do Sporting sublinha a importância da mensagem que exibe há duas décadas: "Zero ídolos".
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Numa altura em que o futuro de Viktor Gyokeres dá que falar numa base diária, com Sporting, jogador e agente em lados opostos da barricada, a claque Torcida Verde recorreu às redes sociais para sublinhar a mensagem que exibe "há duas décadas": "Zero ídolos".
"Os anos passam, os episódios com epicentro na idólatra dos futebolistas sucedem-se, com resultados avassaladores para a identidade do SCP. A nação leonina tem sido manipulada com a promoção de futebolistas à condição de ídolos pelas narrativas comunicacionais dos dirigentes, agências de comunicação, de merchandising e dos agentes dos futebolistas", começa por referir a Torcida, prosseguindo: "A desilusão vem quando esses ídolos decidem trocar a mítica camisola verde branca por qualquer outra em função das suas aspirações de procurarem melhores condições materiais noutras paragens. Quando o discurso dirigente insiste no dogma 'formar para vender (para a Premier League)', está dessa forma normalizada a inevitabilidade da mudança dos futebolistas/ativos para outros clubes, independentemente de terem vínculos contratuais, cláusulas ou compromissos formais/hipócritas compromissos de honra, baseados na palavra. Torna-se demasiado óbvio que os futebolistas estão de passagem pelo clube, como os dirigentes sabem. Então porque insistem nessa idolatria?", questiona a claque dos leões.
"O vínculo dos modernos futebolistas ao SCP é efémero, frágil, artificial, como atestam comportamentos infantilizados no espaço mediático, no qual alguns deles desfilam nas redes sociais com camisolas de outros clubes ou se envolvem em infames disputas comunicacionais com dirigentes, escudados nos seus testas de ferro: os execráveis agentes, tantas e tantas vezes elogiados pelos mesmíssimos dirigentes como credíveis parceiros nas transferências. Na realidade existe uma gritante hipocrisia nos protagonistas do futebol moderno. Dos agentes dos futebolistas aos dirigentes, passando pelos futebolistas num mundo onde a palavra e os compromissos têm apenas o valor de um preço! Porque 'tem gente tão pobre, mas tão pobre, que a única coisa que têm é dinheiro'. Não se trata de hostilizar esses futebolistas, mas apenas de manter um 'distanciamento higiénico', sob pena de podermos sentir o peso de avassaladoras desilusões.
Por tudo isto, a ação da TORCIDA VERDE, nas últimas duas décadas, tem sido acompanhada pela faixa ZERO ÍDOLOS, provocando azia nos agentes futebolistas e nos dirigentes leoninos", remata.