
O presidente da Académica, José Eduardo Simões, acusou o presidente da direção e da mesa da Assembleia-Geral da Liga de se terem apoderado do organismo.
"A Liga está entregue a duas pessoas que se apoderaram dela, o presidente, Mário Figueiredo e o seu aliado Carlos Deus Pereira, presidente da mesa da Assembleia Geral, que não prestam o mínimo de esclarecimentos nem querem saber dos clubes para nada", defende José Eduardo Simões.
O líder da Académica salientou que os responsáveis do organismo "têm uma agenda muito própria que é anti-clubes, sobretudo clubes de média e pequena dimensão, mas genericamente anti-futebol português e isso tem de ser discutido".
A Académica é um clubes que subscreveu o novo requerimento (terceiro) para a convocação de uma Assembleia Geral extraordinária com vista à destituição de Mário Figueiredo. "Desde agosto que andamos a tentar fazê-lo, agora penso que será o pontapé final", referiu José Eduardo Simões à agência Lusa, salientando que o requerimento apresentado leva anexado o comprovativo do pagamento das quotas associativas do mês de fevereiro, para evitar que o presidente da Assembleia-Geral tenha "dúvidas" na convocação da reunião magna.
O requerimento, segundo o dirigente academista, cumpre os Estatutos, que obriga à apresentação do número mínimo de 20 por cento dos 36 clubes, com quotas em dias. "Este número de requerentes é o essencial para se fazer as coisas depressa e temos a documentação pronta para ser entregue a tempo e horas", explicou.
José Eduardo Simões acusou Mário Figueiredo de gestão "calamitosa" na LPFF, "com abandono de patrocinadores, desconsideração dos clubes, proibição de fazer reuniões e discutir os problemas do futebol". "Este senhor não quer informar os clubes de qual é o novo patrocinador, porque a maneira de tratar a pontapé todos os patrocinadores que a Liga tem leva a que se vão afastando. Nós vamos ouvindo que a Sagres quer sair, que a Zon quer sair e baixou imenso o patrocínio, tal como a Sagres", frisou.
O presidente da Académica considerou inaceitável que, em fevereiro, a Liga ainda não tenha apresentado o Orçamento para esta época e o relatório de contas da temporada 2012/2013, nem tenha apresentado o "patrocinador da Taça da Liga, que o presidente Mário Figueiredo queria abolir no final da época passada".
