
Rio Ave's Piazon (R) in action against Benfica's Dyego Sousa during their Portuguese First League soccer match, held at Arcos stadium, in Vila do Conde, north of Portugal, 17 June 2020. JOSE COELHO/POOL/LUSA
LUSA
RANKING - Lucas Piazón simboliza a ideia montada por Carlos Carvalhal no Rio Ave.
Lucas Piazón não foi, de perto nem de longe, o principal destaque do Rio Ave, mas acaba por simbolizar na perfeição a ideia de jogo montada por Carlos Carvalhal que acabaria por ser premiada com o acesso à Liga Europa.
O Rio Ave gabou-se sempre de jogar curto, em espaços com apoios, de forma sustentada e com a recusa do pontapé para a frente.
A dimensão exata do jogo de cada equipa não se mede necessariamente em metros e nem sempre o passe longo desvirtua a ideia. Mas, genericamente, podemos dizer que Piazón simboliza a simplicidade do Rio Ave. No campeonato que passou, foi ele que passou mais curto e menos largo. Como filtros de pesquisa eliminámos os defesas e os guarda-redes (são eles quem mais passes longos fazem pelos motivos óbvios) e também os avançados (os que passam mais curto). Entre os médios, aqueles que têm no passe a melhor arma para desequilibrar, a medida de cada um espelha-se ao lado, ora na profundidade, ora na variação de flanco. Piazón encaixa nos que jogam mais curto nas duas dimensões.
Só há mais um jogador da Liga que aparece no Top-5 nas duas relações: Paulinho, do Boavista. Pelo contrário, não deixa de ser sintomático e revelador que, entre os que têm uma distância média de passe mais alta, estejam mais jogadores de equipas da segunda metade da tabela.
