
Pelo menos meia dúzia de cadeiras foram parar ao relvado, por entre insultos ao jogador. Ao intervalo, Flávio Meireles quis tirar satisfações, mas foi travado por elementos da comitiva das águias
Os últimos cinco minutos da primeira parte ficaram marcados por um tumulto entre os adeptos do V. Guimarães e Nélson Semedo.
O coro de insultos dos adeptos dirigidos ao lateral do Benfica, acompanhado por arremesso de, pelo menos, meia dúzia de cadeiras para o relvado, foi motivado por o jogador ter gesticulado para a bancada - a insinuar que os adeptos falavam demais - logo a seguir ao segundo golo de Gonçalo Guedes.
Mesmo após o jogador ter sido admoestado com um amarelo por Carlos Xistra, os adeptos continuaram a gritar palavras de ordem e nem os apelos à calma feitos por Soares e Samaris chegaram para dissipar a situação, que acabou controlada após a entrada em cena do Corpo de Intervenção da Polícia de Segurança Pública.
Logo que o árbitro apitou para o intervalo, Flávio Meireles, diretor desportivo dos vitorianos, tentou tirar satisfações de Nélson Semedo, mas acabou travado por Ederson, e ainda por Pietra (adjunto) e Lourenço Coelho (diretor-geral do Benfica).
Quando o lateral se aproximou do acesso ao túnel, também voaram duas garrafas de água, que acabaram por não atingir ninguém. Durante o período de descanso, alguns adeptos da casa mandaram algumas bocas a Luisão, que assistia ao encontro nos camarotes do recinto.
O técnico do Benfica desvalorizou o sucedido e defendeu o seu pupilo, que foi assobiado até ser substituído, aos 86". "Se há pessoa equilibrada e ponderada, é o Nélson. Se houve um erro, vamos analisá-lo, mas não vejo caso. De um jogador como ele, só espero boas coisas", afirmou Rui Vitória.
