A grande dúvida da SAD do Vitória: segurar ou vender o melhor marcador da equipa
Davidson voltou em força aos golos depois de ter perdido a titularidade e, com o bis ao Covilhã, ultrapassou Tapsoba na lista de goleadores. Há clubes árabes atentos ao jogador de 28 anos.
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Davidson está novamente com o pé quente. Depois de um jejum de nove jogos, o extremo brasileiro finalizou com sucesso nos dois últimos encontros do Vitória e, com o bis obtido contra o Covilhã recuperou o primeiro lugar dos melhores marcadores da equipa nesta temporada, com oito golos.
Numa altura em que o mercado de inverno está à porta, a força goleadora de Davidson é um importante trunfo para despertar ainda mais a atenção. Segurar ou vender o jogador é a grande dúvida que a SAD enfrenta no mercado de janeiro.
Com 28 anos (faz 29 em março), o extremo começa a ficar com pouca margem de manobra para realizar uma transferência lucrativa do ponto de vista financeiro. Apesar de se tratar do melhor marcador da equipa, paradoxalmente o valor de mercado do jogador não é muito elevado (o site "Transfermarkt" não vai além dos três milhões de euros) e a razão está na idade. Também por esta questão é que a administração pondera se esta não será a melhor altura para tentar um negócio. Pelo que se sabe, o interesse de clubes árabes no extremo continua ativo.
Certo é que Davidson recuperou o protagonismo, depois de Ivo Vieira lhe ter retirado a titularidade para apostar em Ola John. A lesão do holandês em Barcelos permitiu o reaparecimento do brasileiro, e com provas concludentes. Anteontem, contra a ex-equipa, o camisola 91 deixou os adeptos siderados com o segundo golo, uma execução perfeita depois de uma assistência de Sacko. "Se foi o golo mais bonito da época? Não sei, houve também aquele golo contra o Boavista, um pontapé de bicicleta... estou na dúvida entre esse e o que marquei ao Covilhã. As pessoas que admiram futebol que escolham o melhor", comentou Davidson no fim do jogo, que valorizou a tarefa de Sacko. "Trabalhámos muito situações de finalização. O Sacko já me conhece e sabe que eu faço muito estes movimentos; quando vi que ele parou, imaginei que ia conseguir passar-me a bola e a única hipótese foi rematar de primeira", descreveu o jogador brasileiro. A beleza do lance merecia um festejo à altura, mas Davidson não o fez por respeito ao primeiro clube que representou em Portugal.
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