O candidato à presidência do Benfica Rui Gomes da Silva revelou hoje que a lista de João Noronha Lopes recusou uma posição conjunta contra o voto eletrónico e pediu para não contarem com ele para "cenas de teatro".
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"Foi proposto à outra lista concorrente [de oposição] que houvesse uma posição conjunta. Essa posição conjunta, da nossa parte, foi tentada várias vezes e nunca quiseram assumir uma posição conjunta em relação ao voto eletrónico. Não venham agora entrar em cenas de teatro no momento da votação", frisou aos jornalistas, após exercer o direito de voto.
Mostrando que "a desconfiança é grande, para não dizer total", em relação à fiabilidade do sistema de voto eletrónico utilizado, Rui Gomes da Silva vincou que as críticas de Noronha Lopes vêm "tarde e a más horas", rejeitando que venham "com frentismos populares", quando "durante três meses se recusaram terminantemente a assinar uma posição conjunta".
"Espero que os resultados sejam de acordo com a expressão de voto dos sócios. Lamento que a direção e a Mesa da Assembleia-Geral do Benfica não tenham aceitado um conjunto de regras que propusemos. Espero que o computador do Benfica seja generoso com a minha pessoa e a minha candidatura", expressou.
Na história do clube é apenas a sétima vez que concorrem três listas à liderança, e apenas não existe o recorde de quatro porque a candidatura da lista C, encabeçada por Luís Miguel David, e proposta por Bruno Costa Carvalho, se retirou.
Hoje, os benfiquistas vão escolher entre a lista A de Luís Filipe Vieira, de 71 anos, o presidente em exercício e a pessoa com mais tempo na liderança do Benfica, há 17 anos, desde 2003, e os antigos vice-presidentes Noronha Lopes e Rui Gomes da Silva (lista D).
O sufrágio de hoje - que manterá Luís Filipe Vieira como 33.º presidente ou elegerá um 34.º, entre Noronha Lopes e Gomes da Silva - será feito por voto eletrónico, num ato antecipado em dois dias, devido à proibição de circulação de pessoas entre concelhos, como medida de combate à pandemia de covid-19.