O Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema, justificou a desistência de investir no banco português BANIF, mas disse esperar "um dia" conseguir financiar a equipa do FC Porto para promover o país a nível internacional.
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"Também tinha a ideia de que pudéssemos financiar o FC Porto. É um aspeto que esperamos um dia conseguir", afirmou o presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema, numa entrevista ao África Monitor. "A ideia era promover a Guiné Equatorial, como patrocinador, porque é uma das equipas das 'mundializadas'?", insistiu o jornalista. "Sim, exato", acrescentou o Teodoro Obiang Nguema.
"Quanto ao investimento em Portugal, infelizmente não pudemos entrar no Banif e comprar as ações que tínhamos previsto adquirir -- sei que o banco agora é do Santander", afirmou o chefe de Estado equato-guineense na mesma entrevista.
Na mesma entrevista, o chefe de Estado equato-guineense, que em agosto deste ano cumpre 40 anos no poder, garantiu que o país "não vai voltar a aplicar a pena de morte", a propósito da exigência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) sobre a abolição da pena capital, desde a adesão do país ao bloco lusófono em 2014.
Sobre outro compromisso da Guiné Equatorial aquando da entrada na CPLP -- o ensino do português --, o Presidente afirmou que "há professores nas escolas a ensinar o português, há meios de comunicação social (rádios e TVs) que emitem programação em português".
Teodoro Obiang fala ainda do seu "amigo José Eduardo dos Santos", ex-Presidente de Angola, garantindo que quando se deslocar a Luanda, vai solicitar ao seu homólogo angolano para visitar o antecessor de João Lourenço.
"Mas felicito a transição que foi feita por dos Santos, que escolheu um colaborador como candidato do seu partido. E ganhou", comentou, afirmando esperar que o novo Presidente angolano "deve procurar que as suas relações com o seu antecessor sejam fluidas, que sejam boas relações".