Candidatura de Vieira fala em campanha para "interferir de forma indevida" nas eleições
João Gabriel, porta-voz da candidatura do atual presidente do Benfica, deixou acusações esta quinta-feira.
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João Gabriel, porta-voz da candidatura de Luís Filipe Vieira à presidência do Benfica, apontou esta quinta-feira a existência de uma "campanha permanente de insinuação" que visa "interferir de forma indevida no ato eleitoral" do clube, que está agendado para o próximo mês de outubro
"Não é normal que, no dia em que o Benfica anuncia, pelo sétimo ano consecutivo, resultados positivos, surjam notícias que alguém plantou em dois jornais", indicou.
Para contextualizar, Luís Filipe Vieira, através do grupo Promovalor, ao qual está ligado, é um dos devedores do Novo Banco e, segundo relatório de uma auditoria feita pela Deloitte e noticiada pelo jornal "Correio da Manhã", terá causado uma perda de 225,1 milhões de euros. De acordo com a mesma fonte, o referido valor dessa perda provocada pelo grupo Promovalor pertence ao período de agosto de 2014 e fim de 2018, mas, ainda segundo a conclusão da mesma auditoria feita às contas do Novo Banco, o total da dívida era de 760,3 milhões de euros. As perdas agora reveladas terão sido provocadas devido a imparidades e desvalorização de ativos imobiliários financeiros, na altura, pelo Banco Espírito Santo, que, como foi público, envolveu empreendimentos no Brasil e em Moçambique. Refira-se que, de acordo com notícia da "Sábado" em agosto de 2019, Vieira e o Novo Banco chegaram a acordo para a reestruturação das dívidas do empresário, mas ficou fora uma dívida de 54,3 milhões de euros de uma empresa de que Vieira era acionista e presidente, a Imosteps.
João Gabriel estranha que, "tendo a empresa de Luís Filipe Vieira reestruturado a dívida com o Novo Banco, semana após semana, o único processo que é mediatizado, e de forma deturpada, seja o de Luís Filipe Vieira". "Ao contrário de tudo o que é dito, insinuado, a verdade é que foram o Sport Lisboa e Benfica e o seu presidente o alvo de práticas criminosas continuadas que visam denegrir a imagem pública da instituição e do seu líder", rematou.
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