O Governo vai receber a Liga Portuguesa de Futebol Profissional na segunda-feira, 27 de janeiro
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"Fizemos um trabalho preparatório minucioso para que isto não acontecesse", recordou Pedro Proença, referindo-se esta quinta-feira aos incidentes - especialmente lançamento de tochas e destruição de património - durante as meias-finais da Taça da Liga, que decorreram em Braga.
"Assistimos a adeptos que são penalizados por incumprimento do bom comportamento, mas que não têm que se apresentar nas esquadras de polícia aquando da realização de eventos desportivos. Não adianta sermos fortes na palavra!", disse à SIC. "Não é suficiente ter um discurso de que fazemos alterações legislativas, temos que fazer cumprir. É um trabalho de todos", acrescentou o presidente da Liga.
"Há uma responsabilidade pública que tem de ser assumida por quem tem esta pasta. A lei da violência por si só não é suficiente. Cabe ao Estado cumprir este papel", concluiu.
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O Governo, através das áreas governativas da Administração Interna e do Desporto, vai receber a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) na segunda-feira, dia 27 de janeiro, às 11:30.
O agendamento da reunião ocorre três dias depois de a LPFP ter solicitado uma reunião de urgência ao ministro da Administração Interna, na sequência dos incidentes ocorridos no dérbi entre Sporting e Benfica, na sexta-feira, da 17.ª jornada da I Liga, que os encarnados venceram por 2-0.
De acordo com a mesma fonte ministerial, a reunião só não ocorre durante a presente semana por impossibilidade da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).
O organismo responsável pelas competições profissionais de futebol em Portugal solicitou este encontro depois de o dérbi ter estado interrompido durante mais de cinco minutos, no início da segunda parte, devido ao arremesso de artefactos pirotécnicos para o relvado por adeptos dos "leões".
"Face aos últimos acontecimentos relacionados com os artefactos de pirotecnia que têm deflagrado nos estádios, com efetivo impacto no decorrer do jogo, e colocando, em muitas situações, em causa a integridade física e a segurança de adeptos de todas as idades, o futebol não vai ficar refém de um conjunto de pessoas que, sem rosto, mancham o nome dos clubes e dos seus fiéis e reais adeptos", acrescentou a Liga.
No mesmo comunicado, a LPFP exigiu "que as revistas feitas aos adeptos na entrada para os estádios sejam mais rigorosas e eficazes, de forma a acabar, definitivamente, com a entrada de objetos perigosos e proibidos nos recintos desportivos".
"Neste desiderato, o presidente da Liga, Pedro Proença, enviou, já no decorrer da presente semana, uma comunicação ao ministro da Administração Interna [Eduardo Cabrita], solicitando, com caráter de urgência, uma reunião para analisar a situação e encontrar medidas eficazes para combater este flagelo", finalizava o comunicado da LPFP.