Treinador do Vitória completa um ano no cargo e fez um balanço positivo do trabalho realizado, evidenciando uma grande ambição para o futuro.
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Moreno completa esta quinta-feira um ano à frente da equipa principal do Vitória, onde também desempenhou as funções de adjunto e técnico da equipa B, além de jogador. O antigo central fez um balanço positivo, depois de uma temporada em que garantiu o sexto lugar e a presença na Liga Conferência.
"O balanço deste ano é claramente positivo. Para assumir um cargo com tanta responsabilidade, teria de estar minimamente preparado. Por um lado, as coisas que foram acontecendo não foram assim muito inesperadas; por outro, só quando os problemas surgem é que se tem a noção clara do que é ser treinador da equipa principal do Vitória. Estando por fora, pensamos sempre que as coisas se resolvem de uma forma fácil, mas não é bem assim. Foi um grande desafio", declarou, citado pelo site oficial do emblema minhoto.
"Não sou daqueles que diz que repetia tudo. Não foram erros de ordem técnica ou tática, até porque são válidas todas as formas de olharmos para o futebol. Só que um treinador de futebol de um clube com a dimensão do Vitória tem de tomar várias opções que vão muito além das quatro linhas. Aí sim, tomaria posições mais ajustadas", admitiu, realçando que nunca se arrependeu do convite feito pelo clube. "Nem pensar", atirou, sem esconder que o começo "foi difícil". "Dormia apenas algumas horas por noite. Foi assim no primeiro mês, muito por termos entrado logo em competição. Perdi bastante peso por falta de apetite, por cansaço mental, pelas poucas horas de sono. No entanto, com a ajuda de muita gente, e muitas dessas pessoas não costumam aparecer, as coisas ajustaram-se e tudo correu no caminho certo", lembrou.
Moreno apontou ao futuro e quer mais conquistas. "Nenhum treinador tem uma equipa à sua medida, há sempre coisas a ajustar. Há que melhorar. A acomodação é o primeiro passo para o insucesso no futebol. Há sempre muito trabalho para fazer", disse. "Não dá para nos acomodarmos. Parto para esta época a partir do princípio de tentarmos fazer melhor do que na anterior. É esse o nosso desafio no dia a dia. Este clube exige muito de todos os profissionais, mas também sei que poderei condicionar o rendimento dos meus atletas se colocar mais pressão. E também sei que não vou ter a margem de tolerância que tive na época passada. Não preciso que me digam isso, tenho essa consciência. Vamos trabalhar sempre com o objetivo de fazer o melhor possível; depois veremos o resultado no final", acrescentou.
A aposta em jovens como Celton Biai, André Amaro e Zé Carlos, que estiveram no Europeu de sub-21, não foi esquecida "A evolução desses jovens satisfaz-me muito, mas nunca deixei de ser justo e coerente com todo o grupo de trabalho. Não olho a idades e a nacionalidades, olho só para o rendimento de cada um. Disse isso aos jogadores logo no primeiro dia. São todos iguais. Se esses jovens apareceram na equipa é porque demonstraram que tinham capacidade para dar boas respostas, mas também precisaram dos colegas mais experientes e estáveis", rematou.
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