"Taça? Temos de carpir mágoas durante um dia ou dois até nos conseguirmos levantar"
Declarações de Nuno Campos, treinador do Tondela, após o empate 2-2 com o Boavista, resultado que ditou a descida do emblema beirão ao segundo escalão do futebol português.
Sentimento pela descida à Liga SABSEG: "É, naturalmente, com uma enorme desilusão que vemos escaparmo-nos por entre os dedos, a quatro minutos do final, um resultado que nos era positivo e que nos permitiria ficar na I Liga. É um momento de desilusão. Um momento de desilusão pelos nossos adeptos, porque estas gentes não mereciam, é um momento de desilusão pelos jogadores também, porque o que senti foi que, mesmo que estivessem algo mais nervosos, senti que deram tudo. Senti que tivemos o pássaro na mão duas vezes, que eles [os jogadores] tentaram dar o seu máximo. Temos ali um balneário desiludido e, naturalmente, que não é um momento fácil para ninguém."
Análise: "Fizemos uma primeira parte que considero boa e que seria mais do que suficiente para ir com outro resultado para o intervalo. Tivemos as melhores e mais oportunidades, durante o jogo, depois, um deslize ou outro que possa haver e o que sinto é que temos sido penalizados. Não sei se há uma explicação para isso e eu não quero agarrar-me a desculpas, eu tenho de assumir a minha parte de responsabilidade, dos oito jogos que fiz, naturalmente. Custa-nos pela forma como nos batemos em campo e nós criámos mais situações do que o adversário e temos tido, não só neste jogo como noutros, alguma infelicidade também, porque o resultado não é o merecido, eventualmente, e neste jogo foi um bocadinho a mesma situação."
Taça de Portugal: "Hoje ainda não é o momento de pensar na Taça [de Portugal], porque é uma desilusão muito grande que todos nós sentimos e, se calhar, temos de carpir mágoas durante um dia ou dois até nos conseguirmos levantar e depois, então sim, pensarmos no jogo da Taça e vamos ter tempo para isso."
Reação de João Pedro na "flash", na qual disse que houve "muita coisa mal feita e muita coisa que ninguém sabe": "Só posso falar a partir do momento em que sou treinador da equipa, em que sou líder, e a partir desse momento o que sempre senti foi que os jogadores sempre deram o seu máximo, sempre trabalharam no máximo dos seus limites e capacidades e eu sempre dei a cara por eles e vou continuar a dar, porque eles merecem-no."