Aníbal Pinto falou à saída do Tribunal de Monsanto.
Corpo do artigo
Aníbal Pinto, advogado de quatro dos arguidos no julgamento pelo ataque à Academia do Sporting, falou aos jornalistas nesta terça-feira à saída do Tribunal de Monsanto.
O advogado reiterou que há fotografias que provam que houve um jogador ferido [Bas Dost] e que deixou sangue no balneário, tal como disse um dos militares que esta terça-feira fez o seu depoimento. "O militar descreveu com aquilo que a memória lhe permite. Não seria expectável que ao fim de um ano e meio se lembrasse de todos os pormenores. As imagens que correram em todas as televisões mostram que há um ligeiro ferimento, mas que é grave e nunca devia ter acontecido. Toda a gente sabe que esse ferimento originou sangue e há fotografias disso no processo".
11525830
Aníbal Pinto explicou ainda que, em vez de uma reconstituição [como pedido pela defesa de Bruno de Carvalho], o que se deveria fazer era uma visita ao local para perceber melhor o que realmente se passou no dia do ataque à Academia. "Na minha opinião, a reconstituição não seria o adequado, mas sim uma visita ao local. Podia ser importante para saber se os jogadores foram colocados em segurança ou não. Isso conseguiria-se com uma visita ao local."
Sobre o pedido de dispensa de Bruno de Carvalho, o advogado disse que todos os arguidos o podem fazer desde que tenham uma justificação válida: "O arguido pode pedir dispensa do julgamento desde que tenha um motivo justiticativo: doença, distância muitio grande, o que implica dificuldade no deslocamento, quando há muitas sessões e também por motivos profissionais. É incomportável para uma pessoa que trabalhe estar três dias por semana no tribunal."
Já Miguel Fonseca, advogado do antigo preisdente do Sporting, foi taxativo, apelando à coerência da parte das testemunhas: "Que mantenham a coerência deste militar", pediu, aludindo a Tiago Mateus, agente que falou durante a manhã.
11529143