Um telefonema de Amorim: "Os meus pais ficaram contentes e fomos jantar fora"

Um telefonema de Amorim: "Os meus pais ficaram contentes e fomos jantar fora"
Frederico Bártolo

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Era dos juniores e recebeu um telefonema que lhe mudou a vida. Tiago Tomás lembra a alegria em conversa com O JOGO.

Tiago Tomás tinha ainda 17 anos e fazia parte do plantel dos juniores. Marcou dois golos ao Estoril na despedida do escalão antes da pandemia de covid-19 assolar o mundo e, quatro meses depois, em julho de 2020, estrear-se-ia na equipa A, jogando na jornada 29 ante o Gil Vicente. A O JOGO, recorda o telefonema que lhe mudou a vida.

Disse numa entrevista que ter sido campeão foi o dia mais feliz da sua vida. E quando soube que ia fazer parte do plantel principal?
-Acho que são os dois dias mais importantes. Talvez o dia do título seja ainda mais especial para mim, por ser o campeonato conquistado e o fim do jejum, mas é difícil analisar. São ambos inesquecíveis. Lembro-me perfeitamente que os meus pais me estavam a chamar para ir jantar quando recebi o telefonema do míster Rúben Amorim. Ainda estava nos juniores, tinha jogado algumas vezes pelos sub-23, mas era inesperado. Para mim, foi a notícia mais importante. Lembro-me que os meus pais ficaram todos contentes. Contei-lhes logo. Celebrámos e acabámos por ir jantar fora nesse dia.

Olhando à última época, qual foi o jogo que mais lhe encheu as medidas?
-O melhor jogo? Diria que com o Benfica [lembra a vitória por 1-0, com golo de Matheus Nunes, que na altura deixou os encarnados longe do título].

E lembra-se de qual foi o maior puxão de orelhas vindo do Rúben Amorim?
-Lembro-me perfeitamente do jogo em que levei o maior raspanete, mas esse vou guardar para mim [risos]. O que posso dizer é que o míster analisa a atitude, via sempre que dávamos o máximo e que tentávamos tudo. Mesmo depois da derrota com o LASK Linz [eliminação da Liga Europa] disse-nos para irmos de consciência tranquila para casa, que jogos maus acontecem.