Responsáveis leoninos e o seu técnico esperam poder substituir o camisola 77 por um atleta com outras características.
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Jovane Cabral tem a porta aberta para sair do Sporting no final da presente temporada, ainda que nesta fase, tanto o atleta, como os próprios responsáveis leoninos, ainda não estejam a olhar de forma mais efetiva para esse cenário por força do objetivo de conquistar o título de campeão nacional 19 anos depois do último triunfo.
Segundo O JOGO apurou, os responsáveis leoninos, naturalmente em consonância com o técnico Rúben Amorim, desejam negociar o extremo de 22 anos de modo a obter rentabilidade financeira do mesmo quando o processo de renovação do contrato, que expira em 2023, não conheceu avanços.
A SAD liderada por Frederico Varandas estipulou mesmo um valor na ordem dos 10 milhões de euros - chegaram a ser pedidos ao mercado 15 M€, isto quando foram efetuadas abordagens em janeiro por parte de intermediários/empresários - como referência para a saída de um atleta que tem tido pouco espaço competitivo na presente temporada.
Os motivos para esta disponibilidade negocial em torno de Jovane centram-se em aspetos técnicos e táticos, uma vez que, naquela que é a matriz tática da equipa de Rúben Amorim, o atleta não encaixa, pelas suas características, no desejado pelo técnico para os corredores, quando opta pelo 3x5x2, e no 3x4x3; o camisola 77 também não preenche os requisitos táticos pretendidos para o lado esquerdo do trio ofensivo, ainda que lhe seja reconhecia irreverência, capacidade de explosão e de finalização.
Mas é aqui encaixam outros dois pressupostos que não abonam a favor de Jovane, precisamente a sua irregularidade em termos competitivos e a propensão para lesões, em particular de índole muscular, o que colocam-no sempre como um atleta de risco. Perante estes dados, em Alvalade olha-se para Jovane, à semelhança de Luís Maximiano, como um atleta capaz de gerar uma receita extraordinária que vá de encontro ao bolo pretendido pela SAD, que tudo fará para manter nos seus quadros a base da equipa ou o lote dos mais utilizados, do qual o extremo não figura.
Meia-final foi momento marcante
A época 2020/21 tem sido atribulada para Jovane, marcada por lesões e escassa utilização. O momento alto foi precisamente na meia-final da Taça da Liga, frente ao FC Porto, em que acabou por marcar dois golos, depois de ter saltado do banco de suplentes aos 78" quando a equipa estava a perder por 1-0. Até ao momento, Jovane contabiliza 21 jogos, contando com todas as provas em que o Sporting participou, nos quais contabilizou 673 minutos, tendo apontado seis golos. Aliás, diga-se que o extremo foi titular em apenas oito jogos e só por uma vez fez os 90": frente ao Aberdeen, no primeiro desafio da época.