Presidente do Sporting admitiu estar a viver "um dos dias mais tristes" no clube.
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Dia triste: "Quero dizer que hoje [quinta-feira] é um dos dias mais tristes que vivi no Sporting. Cada derrota, cada não conquista, e quem me conhece bem sabe que são marcantes para mim, são momentos dolorosos, mas hoje, acumulado com a reunião de dia 21, é o momento institucional mais triste da minha vida. Acredito que estou a falar por todos. Nós pedimos várias vezes, dando todos os argumentos à MAG e ao CFD do clube para que não fizessem isto que fizeram hoje. Explicámos no dia 21 e hoje. Explicámos o que é do conhecimento público, que isto colocará em causa o empréstimo obrigacionista, que seria realizado entre o final deste mês e o princípio do próximo. Eu não quero dividir o Sporting, só quero dizer a verdade sobre o que se passou nas reuniões".
Sensibilidade: "Não foram minimamente sensíveis aos superiores interesses do Sporting e da SAD. Não o foram aos interesses dos obrigacionistas, não deram voto de confiança quando há muito pouco tempo aprovaram a dilatação do prazo do pagamento do empréstimo obrigacionista para novembro. Deitaram abaixo todo o trabalho que fizemos com os bancos e a CMVM. Isto está escrito, que esta necessidade de atrasar o empréstimo obrigacionista e fazer outro tinha a ver com questões de tesouraria".
Preparação da época em causa: "Não havia nada que os pudesse demover, nenhum interesse do Sporting. Relembro que isto põe em causa a preparação da época, põe em causa a contratação e venda dos jogadores, põe em causa o colocar a escrito a nova reestruturação financeira e tudo isto por nada. Esta Direção tentou de tudo. Pedimos, por duas vezes, para que nos dessem as razões para que nos devíamos demitir, que nós sairíamos da sala, reuniríamos e falariamos sobre essas razões para tomarmos decisões. Foi-nos dito que não iriam entrar em discussões. Que elencassem as razões. Por duas vezes nos foi negado. Palavras vagas, no meu entender irresponsáveis".
Consequências e ouro rivais: "A impossibilidade de nos reforçarmos, a possibilidade de não haver dinheiro, devido ao empréstimo obrigacionista, foi dar o ouro aos nossos rivais. Vamos para casa com a sensação que é o dia mais triste da nossas vidas institucionais. Houve um monólogo: pediam a demissão e nós dávamos argumentos. Tentámos de tudo. No dia 21 não havia assinaturas nenhumas. Hoje foi dito que havia, mas não mostraram... Nós dissemos logo que não íamos demitir-nos. Quem ficou de pensar foram eles, não nós. Fomos claros. Foi um show off para continuar o desgaste na comunicação social. Ver se algum empresário/advogado tem a loucura de fazer alguma coisa... Quem esteve a jogar com a barriga para a frente foram eles. Isto foi tudo uma encenação. Tudo mentira! Pareciam autistas. Eu quis começar a falar e o Jaime Marta Soares queria que eu me calasse. Isto começou assim"