"Formas sujas, indignas de prejudicar o presidente do Sporting e o clube"
Sporting emitiu este sábado um esclarecimento.
O Sporting emitiu este sábado uma nota à imprensa a propósito de uma licença especial que gerou controvérsia. Frederico Varandas, presidente do Sporting, tem vindo a gozar "licença especial de eleições", de acordo com o artigo 3.º do decreto-lei n.º 279-A/2001, de 19 de outubro, desde outubro de 2013, enquanto membro da bancada do Partido Social Democrata (PSD) na Assembleia de Freguesia de Odivelas, função que não tem cumprido com assiduidade, conforme foi ontem, sexta-feira. noticiado pela revista "Visão". A licença, diga-se, foi concedida pelo chefe do Estado-Maior do Exército.
"Tentativas absurdas de ataque ao carácter, idoneidade, integridade, à honra, de Frederico Varandas, do Presidente do Sporting Clube de Portugal ou a qualquer membro dos actuais órgãos sociais (...) são formas sujas, injustas, indignas, de prejudicar, atacar, denegrir, quer o Presidente do Sporting Clube de Portugal quer o próprio Clube", surge escrito. "Não vale tudo. Não pode valer tudo. Por mais ódio, inveja, ressentimento ou frustração, há quem tenha vida, há quem tenha percurso, há quem tenha trajecto, e por mais narrativas ou encomendas, a História não se apaga", acrecsenta.
Segundo a revista, Frederico Varandas esteve apenas em 12 reuniões, tendo sido substituído em 14 delas. O presidente leonino, perante o sucedido, admite mesmo ter equacionado a suspensão ou renúncia do mandato autárquico, ele que, no seu currículo, pelo menos no que foi divulgado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), enquanto presidente do Conselho de Administração da SAD, não indicou o desempenho de qualquer cargo político. Frederico Varandas, recorde-se, é médico de profissão, possui uma clínica e é capitão do exército, além de presidente do Sporting, função pela qual auferiu, no último exercício, findo a 30 de junho último, perto de 120 mil euros.
Eis o esclarecimento na íntegra:
1. Frederico Varandas foi eleito nas eleições autárquicas para ser deputado da Assembleia da Junta de Freguesia de Odivelas, cargo não executivo e não remunerado;
2. Frederico Varandas, nos termos da Lei, com conhecimento, autorização, permissão de todas as entidades com as quais tinha qualquer tipo de vínculo, designadamente por via de Licença Especial para o Exercício de Capacidade Eleitoral Passiva regulada nos termos do artigo 33º da Lei de Defesa Nacional e das Forças Armadas (Lei orgânica nº 1B/2009, de 7 de Julho, alterada, posteriormente, pela Lei Orgânica nº5/2014, de 29 de Agosto), cumpriu os mandatos com a disponibilidade possível e, sempre que lhe era totalmente impossível estar presente nas reuniões apresentou, atempadamente, pedidos de substituição ao Presidente da Junta de Freguesia de Odivelas, em absoluto cumprimento da legalidade;
3. É de referir que, em todo o tempo da suspensão da condição militar, Frederico Varandas abdicou de qualquer tipo de remuneração por parte das Forças Armadas, outro facto que facilmente se comprova;
4. A vida privada, as opções cívicas do cidadão Frederico Varandas, hoje Presidente do Sporting Clube de Portugal, dentro do quadro legal vigente, não têm qualquer ligação ou nexo às funções que exerceu ou exerce no Sporting Clube de Portugal;
5. Tentativas absurdas de ataque ao carácter, idoneidade, integridade, à honra, de Frederico Varandas, do Presidente do Sporting Clube de Portugal ou a qualquer membro dos actuais órgãos sociais, e repetimos "actuais" para que não haja quaisquer dúvidas, são formas sujas, injustas, indignas, de prejudicar, atacar, denegrir, quer o Presidente do Sporting Clube de Portugal quer o próprio Clube, mas não passarão de meras tentativas, pois nem o Sporting Clube de Portugal, nem ninguém que saiba ler e entender a realidade que existe, deixará de perceber o que está em causa, deixará de perceber a motivação das agendas pessoais de quem procura apenas vingança, de quem perdeu e ainda não percebeu que perdeu, de quem é intrinsecamente mal intencionado e procura 'criar' notícias que não são novidade para ninguém atendendo ao carácter público que têm há anos. Não vale tudo. Não pode valer tudo. Por mais ódio, inveja, ressentimento ou frustração, há quem tenha vida, há quem tenha percurso, há quem tenha trajecto, e por mais narrativas ou encomendas, a História não se apaga.