Braga mantêm diálogo pelo avançado para chegar a um entendimento: Ilori, Camacho e Borja discutidos.
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Têm sido múltiplos os contactos e conversas entre Sporting e Braga no sentido de viabilizar um acordo para a transferência de Paulinho para Alvalade - os quais são oficialmente negados pelas partes, e continuarão a sê-lo - e o último dos quais, segundo O JOGO apurou, envolveu uma oferta por parte dos responsáveis leoninos que englobava um valor monetário e a cedência a título definitivo e por empréstimo de atletas dos quadros do atual líder do campeonato.
De acordo com informações recolhidas pelo nosso jornal, em cima da mesa foi colocado um pagamento na ordem dos oito milhões de euros - que seria parcelado - e a possibilidade de ceder a título definitivo Tiago Ilori e/ou Rafael Camacho, além do empréstimo de Cristian Borja, algo que não foi ao encontro do líder dos arsenalistas, António Salvador.
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Mas este não foi o único a dizer que não à possibilidade. Também um dos envolvidos, Rafael Camacho, não se mostrou interessado na mudança, repetindo aquilo que se verificou em outubro último com Sporar, nome pedido por António Salvador como parte de um eventual acordo e que os leões até teriam disponibilidade para aceitar se a verba pedida pelo internacional português de 28 anos não fosse os 15 M€. Ora, em Alvalade, o técnico Rúben Amorim há muito que definiu o seu antigo jogador como um alvo prioritário e fê-lo saber junto de Frederico Varandas, mesmo sabendo que tal movimentação de mercado é muito difícil de consumar, nem tanto pelo facto de Paulinho ter renovado recentemente até 2025, mas sim por questões financeiras e políticas, ainda resultado da própria mudança do treinador para Alvalade, proveniente precisamente do Braga. A polémica em torno do pagamento do técnico - verba ligeiramente acima dos 12 M€ -, o facto de os arsenalistas apresentarem ambições desportivas não muito distantes das dos leões são aspetos de relevo.
António Salvador pretende 15 M€ e outros 5 M€ por objetivos, mas, apesar da vontade de Rúben Amorim, Frederico Varandas recusa chegar a esses valores nesta fase da temporada
Ainda assim, em Alvalade, face à insistência não assumida para o exterior, Rúben Amorim continua a apontar baterias para Paulinho e o Sporting vai dialogando com o Braga na procura de soluções, isto quando a janela de transferências de janeiro está prestes a abrir. É certo que todos os envolvidos olham para o acordo neste período como complexo e o próprio treinador Carlos Carvalhal, no final do encontro entre o Boavista e o Braga, disse esperar que se tenha "fechado definitivamente o circo para a comunicação social relativamente ao Paulinho sobre o possível ingresso para o Sporting". No entanto, outras vontades têm falado, e vão continuar a fazê-lo, sobre o mesmo, sabendo todos qual o desejo do jogador. Certo é que os dirigentes leoninos, apurou o nosso jornal, descartam qualquer investimento financeiro superior ao mencionado, em particular na reabertura do mercado, nesta fase da época, daí que o único caminho visto como possível a Sul passa pela cedência de atletas, cenário que colhe pouco agrado no Minho.
Aliás, no último dia de mercado, em outubro, o Sporting chegou mesmo a colocar a possibilidade de pagar de forma parcelada 11 M€, falou-se igualmente de Ivanildo Fernandes como nome a seguir para o Braga, isto além do internacional esloveno, mas os dois presidentes não se entenderam e o negócio não se fez.