Após um 2022 épico, treinador do FC Porto vence o prémio de O JOGO.
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Há prémios que se atribuem a si próprios. É o caso da edição de 2022 do Prémio Carlos Machado para a personalidade do ano no desporto nacional. Sérgio Conceição era a escolha não só óbvia mas também incontornável para recebê-lo. Afinal, não é todos os anos que um treinador lidera a respetiva equipa à conquista do título de campeão nacional, da Taça de Portugal e da Supertaça. E são menos ainda aqueles em que consegue um registo praticamente imaculado no campeonato, sofrendo apenas uma derrota, apresentando o melhor ataque e a melhor defesa da prova e garantindo um recorde absoluto de 91 pontos conquistados.
Não seria preciso muito mais para justificar a escolha do treinador do FC Porto como personalidade do ano, mas os títulos e as estatísticas só contam uma parte da história escrita por Sérgio Conceição ao longo de 2022. Afinal, o ano começou com a perda de Luis Díaz para o Liverpool. A saída do melhor jogador da Liga na primeira parte da temporada 2021/22 foi transformada por Sérgio Conceição numa oportunidade. O treinador do FC Porto aproveitou-a para reinventar a equipa, redesenhando-a em torno da batuta de Vitinha, descobrindo em Pepê um solista e em Fábio Vieira um desbloqueador que permitiram ao clube manter e ainda elevar o nível competitivo, vindo a assinar uma época de sonho sublinhada pela conquista da dobradinha e o esticar do recorde de vitórias na Supertaça de 22 para 23 troféus. Sérgio Conceição é, obviamente, a escolha de O JOGO para o Prémio Carlos Machado de 2022.
Uma referência que O JOGO não deixará apagar
Aqui n"O JOGO, passamos a vida a correr atrás de notícias. A 10 de dezembro de 2020, sem a procurarmos, veio ter connosco a pior de todas: o Carlos Machado tinha morrido durante a noite, aos 58 anos, poucas horas depois de mais uma jornada a fechar uma edição e chefiar uma Redação que era a sua segunda casa e à qual dedicou mais de metade da sua vida. Foi traído pelo coração, logo ele que o tinha enorme e onde ardia a chama de integridade, companheirismo e bom senso que sempre nos serviu de farol e fez de O JOGO, acima de tudo, um jornal de boa gente e bons jornalistas. Ao longo de duas décadas, o Carlos, o nosso Chefe, deixou a sua marca em mais de dez mil edições e, sobretudo, em dezenas de profissionais que passaram por esta casa, dos jornalistas ao secretariado, dos gráficos aos técnicos. Uma marca que
O JOGO não podia deixar desaparecer e que justifica a existência do prémio que ostenta o seu nome e que, este ano, distingue alguém que, tal como ele foi, é líder tão natural como incontestado.
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