Pinto da Costa revela quem foram os dois treinadores que não conseguiu contratar

Pinto da Costa revela quem foram os dois treinadores que não conseguiu contratar

Numa entrevista à Revista Dragões, numa altura em que comemora os 40 anos de presidência do FC Porto, Pinto da Costa revelou que Wenger e Lucescu foram os dois únicos treinadores que não conseguiu contratar. Também falou das comparações entre Sérgio Conceição e Pedroto.

Comparações entre Sérgio Conceição e José Maria Pedroto: "Creio que não se pode comparar ninguém, acho que até é negativo, especialmente quando se quer fazer comparações com alguém que foi muito especial. Mas, conhecendo o Pedroto como conheci os meus irmãos e como creio que conheço o Sérgio como os meus irmãos, acho que são os que têm características mais parecidas, mesmo sendo diferentes. Um e outro viviam ou vivem o futebol 24 horas por dia. Nisso acho que o Sérgio é o treinador mais parecido e mais obcecado por ganhar. É também o que convive pior com a derrota, tal como o Pedroto. Na forma como convive com os jogadores, o Sérgio também é o mais parecido."

Perfil ideal: "Tem de ser obcecado por ganhar e tem de ficar 'morto', entre comas, se perder, porque assim fará sempre tudo para ganhar para não estar na situação, entre comas, de 'morto'."

Os dois treinadores que lhe fugiram: "Consegui contratar todos os treinadores que quis, exceto dois, o Wenger e o Mircea Lucescu."

A história de Wenger: "Wenger estava no Mónaco e acreditava que ele ia ser um grande treinador. Veio ao Porto, almoçámos no hotel e ele aceitou vir. Firmámos, inclusive, condições, porque ele estava convencido de que o Mónaco o libertaria, apesar de ter contrato por mais um ano. Mas o Mónaco não autorizou, nem quis negociar. No ano a seguir apareceu o Arsenal e já não valia a pena."

A história de Lucescu: "Também esteve cá no Porto e toda essa história foi muito engraçada, porque ele ficou em casa de uma irmã do falecido e querido Reinaldo, onde esteve escondido da comunicação social durante dois dias. Levava-lhe a comida, ele não saía e fechámos contrato. Estava no Dínamo de Bucareste e dizia também que o clube o deixava sair, mas não só não permitiu a saída como exigiu um dinheirão. Quando cá esteve, dei-lhe um emblema do FC Porto de brilhantes, que ele usa por vezes."