Pinto da Costa: "O Benfica tinha 200 milhões acordados, nós tínhamos 147"

Pinto da Costa: "O Benfica tinha 200 milhões acordados, nós tínhamos 147"
André Morais/Carlos Gouveia

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Leia o resumo e os pontos essenciais da entrevista de Pinto da Costa ao Porto Canal, a poucos dias das eleições no clube.

Pinto da Costa acredita que, se vencer as eleições, fará entre 2020 e 2024 o último mandato como presidente do FC Porto. "Julgo que será o meu último mandato. Não o garanto, porque nunca sabemos", respondeu, numa entrevista ao Porto Canal, quando convidado a desenvolver o tema dos potenciais sucessores. Sobre isso, repetiu o que disse ao JN: "Rui Moreira, Villas-Boas, António Oliveira... Ficarei super descansado e feliz porque poderia ver, sem responsabilidade, o FC Porto na senda do triunfo."

O atual presidente explicou que a crise financeira atual do FC Porto tem muito que ver com o coronavírus e os constrangimentos causados pela pandemia. "Se tivesse feito 147 milhões de euros com negócios feitos antes do fim do ano, antes do vírus, não estávamos a falar de problemas financeiros. O Benfica tinha 200 milhões acordados, nós tínhamos 147. Posso contrário dívidas porque sei que estou seguro. Se aparece um vírus que nos afeta todos, temos de estar conscientes e encontrar soluções. Não pode deixar de fazer um investimento a imaginar que vem um vírus que deixa o mundo desta forma. Os negócios estavam feitos antes do fim do ano. Só faltava concretizar, mas veio o vírus e ficaram suspensos", justificou, sem especificar a que jogadores se referia.

Ainda em matéria de finanças, Pinto da Costa prometeu que está a "negociar o naming do estádio com uma empresa estrangeira para mais perto do que se pode pensar" e recusou que alguma vez, consigo, o FC Porto possa deixar de deter a maioria do capita da SAD. "Se estivesse disposto já tinha vendido. Para mim é impensável a SAD perder a maioria. No dia em que for indispensável o FC Porto perder a maioria, estarei de acordo. Não serei é presidente do FC Porto", sublinhou.

Sobre o facto de lhe apontarem a saída de Herrera e Brahimi a custo zero, o líder portista recordou que "Herrera pediu 6,2 milhões de euros para renovar" e isso "é impensável para qualquer clube português. Sobre Brahimi, admite que não chegou a fazer propostas. "Sabíamos através dos empresários quanto ele pretendia e era impossível. Nem num caso nem noutro aparecer qualquer comprador", sentenciou.

Sobre a composição da direção e da SAD, em caso de vitória, recusa a ideia de pouco mudar. "Tenho quatro elementos novos. Quanto à SAD, o senhor Reinaldo Teles não faz parte da Direção, nem Rui de Sá, nem o José Américo de Amorim. Mas pode ser, não é por estar no clube que o vou deixar de usar. Se tenho o Baía na Direção e entender que é útil não vou dizer que não vai para a SAD", afirmou. O lugar guardado para o antigo guarda-redes está pensado, mas só será anunciado após as eleições, "Vai estar ligado ao futebol em funções que, primeiro, terão de saber os outros elementos das listas da direção e da SAD", respondeu. E isso invalida a continuidade de Luís Gonçalves? "Vai haver um diretor do futebol, não tem nada a ver", respondeu.

No que toca aos restantes candidatos, criticou algumas afirmações e defendeu-se de quem diz que virou a sua lista à política. "Para mim, um presidente de Câmara não é um político. Rui Moreira não é de nenhum partido, é um autarca", respondeu. Sobre as modalidades, reiterou que não pretende aumentar o número porque a prioridade é manter a competitividade das atuais e sobre os 250 mil euros que Nuno Lobo diz custar o futsal, responde de forma curiosa: "Só se for jogar eu e o senhor para sermos os bombos da festa. Fazer frente ao Benfica e Sporting custa pelo menos 2 milhões", concluiu.