Besiktas não convenceu FC Porto nem jogador. Este vai agora acelerar para recuperar a forma ideal.
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O mercado fechou para o FC Porto sem novidades de grande relevo, além do já anunciado empréstimo de Vaná ao Famalicão. Aquilo que os adeptos mais queriam saber percebeu-se cedo: Aboubakar fica no plantel.
Os turcos desistiram a meio da tarde de segunda-feira. Os relatos naquele país dizem que estes não quiseram esticar a proposta por dúvidas relacionadas com o estado clínico do goleador
Se será até ao final da época, como Sérgio Conceição anunciou, ou não, só mais tarde se poderá saber. Depende, essencialmente, do camaronês, que aposta tudo nesta continuidade para recuperar o protagonismo que a grave lesão que sofreu na época passada lhe roubou.
Apesar dos rumores dos últimos dias, e como O JOGO escreveu na sua edição de sábado, Abou nunca se mostrou verdadeiramente entusiasmado com a hipótese de regressar ao Besiktas, embora admitisse a mudança se fosse para jogar sempre. Os turcos definiram realmente o portista como objetivo prioritário, mas nunca tiveram argumentos para concretizar a transferência. Na Turquia garantem que haveria possibilidades de o contratar, mas perante as dúvidas relacionadas com o estado clínico do jogador, as águas negras recusaram esticar a proposta para números satisfatórios.
Aboubakar fez 56 golos no FC Porto em 177 jogos, um número que atesta bem as suas qualidades. Se estiver a 100% pode ser muito útil à equipa
Os dragões estavam dispostos a aceitar se realmente o negócio fosse rentável para todas as partes. É que, desde que Conceição prometeu a sua continuidade, os dragões foram eliminados da Liga dos Campeões e precisam de encaixar ou poupar alguns milhões de euros, para minimizar o prejuízo. O avançado é um dos mais bem pagos do plantel. Mas o empréstimo pouco renderia e a opção de compra muito dificilmente poderia ser acionada. Aliás, tal como em 2016/17.
Com a continuidade assegurada, o goleador (56 tentos em 117 jogos pelos dragões) vai agora trabalhar com calma para recuperar os índices físicos e a confiança necessária para poder jogar ao nível do que fez em 2017/18. E está disposto a voltar à equipa B se for necessário, até conquistar um lugar no banco de suplentes e por aí em diante. Este é também um desafio para o treinador, apreciador das qualidades do jogador e aquele que mais rendimento conseguiu tirar de Aboubakar em toda a sua carreira. Se houve algo que 2018/19 provou, é que quatro avançados podem não ser suficientes para quem joga sempre com dois. Agora ficam Abou, Marega, Zé Luís, Soares e o jovem Fábio Silva.
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