FC Porto: pandemia complica vendas, mas 31 milhões estão garantidos

FC Porto: pandemia complica vendas, mas 31 milhões estão garantidos

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André Morais

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Os negócios têm sido mais difíceis agora por causa da crise provocada pela covid-19, mas ajudam a que a SAD possa olhar para a próxima época com maior tranquilidade. Vítor Ferreira será quem mais renderá.

Osório já não escapa ao Parma e deve garantir ao FC Porto mais cinco milhões de euros, apesar de ter seguido por... empréstimo. É o terceiro jogador nesta condição, com encaixe assegurado para um ano depois de consumada a transferência.

Os efeitos da pandemia no mercado de jogadores eram mais ou menos expectáveis e, ainda que faltem duas semanas para fechar, têm-se confirmado com prejuízo dos clubes que mais precisam de vender. É o caso do FC Porto, que estimou vender ativos na ordem dos 100 milhões de euros e fica-se, para já, por cerca de metade.

Pelo contrário, os empréstimos com cláusulas obrigatórias são cada vez mais frequentes e, no caso dos dragões, já se sabe que o mercado de verão 2021 tem garantido um encaixe mínimo de 31 milhões de euros às custas de jogadores que abandonam já a Invicta.

Com a confirmação de que Osório e Zé Luís vão jogar no Parma (Itália) e Fenerbahçe (Turquia), por um ano de empréstimo com cláusulas de compra obrigatória, são já três os jogadores nessa condição. O primeiro foi Vítor Ferreira, emprestado ao Wolverhampton, com cláusula obrigatória de 20 milhões de euros. O acordo não foi formalizado dessa forma, mas será assim, ao abrigo das boas relações entre as partes e com a mediação de Jorge Mendes.

Zé Luís e Osório renderão substancialmente menos. Os turcos garantem que o avançado valerá seis milhões de euros. Osório chega ao Parma com uma cláusula de cinco milhões inerente ao cumprimento de um mínimo de jogos, que o venezuelano terá tudo para cumprir. Um negócio idêntico ao que foi feito com o Zenit há um ano, embora os russos se tenham valido do facto de Osório não ter feito cinco jogos como titular na Liga para se recusarem a pagar, apesar dos 16 no somatório de todas as provas, Liga dos Campeões inclusive.

A estes os dragões podem ainda somar outros bónus, com jogadores como Saidy Janko, Fernando Andrade ou Diogo Queirós, cujo futuro não está ainda resolvido.

A dificuldade em vender no imediato tem muito que ver com a crise provocada pela covid-19. Para se ter uma ideia, e reforçando que as contas finais só se farão após o dia 6 de outubro, até este momento "apenas" 26 jogadores foram transacionados por valores iguais ou superiores a 25M€. No mercado de verão de 2019 foram 65 vendas dessa natureza.