Pinto da Costa emociona-se ao falar de Gomes e pede para lerem: "Foi o abraço mais doloroso da minha vida"

Pinto da Costa

 foto Pedro Granadeiro / Global Imagens

Pinto da Costa

 foto Pedro Granadeiro / Global Imagens

Pinto da Costa emocionou-se ao falar de Gomes, o bibota, na homenagem levada a cabo pelo jornal O Gaiense

Pinto da Costa aproveitou a homenagem a Fernando Gomes para revelar o teor da página dedicada ao bibota que incluirá num livre de recordações que está a escrever e que publicará em breve.

Ao cabo das primeiras palavras, Pinto da Costa foi tomado por uma profunda emoção, sendo incapaz de concluir a leitura, que seria finalizada pela apresentadora da Gala, a jornalista Inês Gonçalves.

"Todos nós sabemos o que Fernando Gomes foi. Não queria de maneira nenhuma estar agora a dizer tudo o que ele foi e é. Estou desde 2021 a escrever um livro, não de recordações, mas de factos conforme eles vão sucedendo na minha vida. Quando Fernando Gomes faleceu, nessa noite, escrevi uma página que é aquilo que hoje vos vou ler", disse Pinto da Costa. E prosseguiu.

"Até sempre, Fernando. Hoje escrevo para recordar um grande símbolo do FC Porto, [emociona-se]". Emocionado, Pinto da Costa passa a leitura do texto, manuscrito, à apresentadora.

"Fernando Gomes, que partiu e deixou-nos a todos mais pobres, cheios de saudades. A sua carreira todos conhecem: cinco vezes campeão nacional, três Taças de Portugal, três Supertaças, uma Taça dos Campeões Europeus, uma Taça Intercontinental e uma Supertaça Europeia. Individualmente, duas vezes melhor marcador europeu. Fantástico", prosseguiu jornalista.

Já na parte final do texto que será publicado no livro, Pinto da Costa destaca três abraços: no dia em que foi a Gijón, para fazer regressar Gomes ao FC Porto; no dia em que o convidou para fazer parte da atual direção do FC Porto; e um muito especial, já no hospital onde o Bibota estava internado.

"O terceiro e último abraço foi o mais doloroso da minha vida. O Fernando [Gomes] já não recebia visitas, mas insistia que o visitasse. Autorizado pelo médico, desloquei-me e trocámos informações da vida do clube e da formação do clube. Ao fim de 20 minutos, lúcido, mas cansado, pediu à sua Xana que o ajudasse a levantar. Ela perguntou se queria ir ao quarto de banho e respondeu que queria dar um abraço ao presidente. Assim trocámos o último abraço. Um mês depois deixou-nos. Não foi o último, foi o penúltimo, porque um dia estarei junto de ti para nos abraçarmos. Até sempre Fernando".