"Não é por ter mais ou menos cinco centímetros que não vou chegar ao topo"

"Não é por ter mais ou menos cinco centímetros que não vou chegar ao topo"

Nuno Lima, central do Paços que tem desempenhado um papel crucial na recuperação da equipa, assume-se como "ambicioso" na projeção da carreira.

Nuno Lima começou a jogar futebol aos quatro anos, em Espinho, onde nasceu, na escola de futebol "Os Baixinhos", onde também se iniciou Rochinha, do Sporting. O defesa-central de 21 anos, que tem como principais referências Van Dijk, jogador do Liverpool, e, "quando estava no auge", Sergio Ramos, do PSG, revela o desejo natural de ajudar o Paços de Ferreira a sobreviver na corrida pela permanência e as grandes ambições de um percurso que ainda só vai no segundo ano como profissional.

Tem 1,85 metros. Considera-se um central baixo ou nunca sentiu desvantagem pela altura que tem?
-Hoje em dia, os centrais já não precisam de ter a altura que se lhes exigia há uns anos. Acho que tenho a altura perfeita, ideal. É verdade que sou mais baixo do que outros centrais, mas compenso com outras coisas, como impulsão, agressividade, duelos no ar, bom jogo aéreo. Aí, não sinto problemas.

Quando tem pela frente um ponta-de-lança mais alto e que salte bem, não sente dificuldades?
-Obviamente que há pontas-de-lança altos, com muita qualidade, que me obrigam a esforços redobrados, mas nada que me preocupe.

Há quem diga que com mais cinco centímetros seria um defesa central de topo. Concorda?
-Não concordo. A altura nunca foi um problema durante a minha formação e agora enquanto jogador profissional. Se tiver de chegar ao topo, será com esta estatura. Não é por ter mais ou menos cinco centímetros que não vou chegar ao topo.

O que é, para si, chegar ao topo? Representar um clube grande ou, por exemplo, jogar em que campeonato?
-Jogar entre os melhores. Jogar em qualquer clube da Premier Legue é um sonho, chegar a um grande aqui, em Portugal, também seria um sonho e representar a Seleção Nacional é, como de qualquer jogador, outra grande ambição.

O que precisa de fazer para atingir esse patamar?
-Primeiro, tenho de continuar a minha afirmação no Paços. Esse é o primeiro passo, e continuara evolução que tenho tido, sempre no mesmo registo, sem baixar a guarda, continuando a ser humilde. Acho que é isso que nos leva mais acima.

Acredita que vai concretizar essa ambição?
-Acredito sempre, naturalmente. Sonhar não é pecado.

Já disse que tem a ambição de chegar à Seleção Nacional. Trabalha também com a intenção de ser convocado para o Europeu de sub-21?
-Sempre tive essa ambição. Esperei ser chamado para estes dois jogos, mas são decisões do selecionador, tenho de respeitar, porque sei que há muita qualidade nos sub-21. Não desisto.

Não é por não ter entrado nesta convocatória que vou deixar de sonhar em lá chegar.
Chegar ao Europeu?

-Ao próximo Europeu, à próxima convocatória, vou continuar a lutar e a dar tudo até ser opção.

Quais as referências em que se inspira?
-No futebol atual, gosto muito do Van Dijk, do Liverpool. Aprecio o estilo de jogo dele, da calma que ele tem durante o jogo. Há uns anos, quando estava no auge, o Sergio Ramos. Sempre gostei muito dele, pela agressividade e capacidade de resolver.