Central aproveita bem a oportunidade quando é chamado ao onze. Casquilha, o seu primeiro treinador em Portugal, explica porquê.
Corpo do artigo
Contratado em 2019, Tormena fez nove jogos na época passada, tendo sido prejudicado por uma lesão na final da Taça da Liga em que o Braga derrotou o FC Porto, conquistando o troféu com um golo de Ricardo Horta. Apesar da ausência, por lesão, nas dez últimas jornadas do campeonato - pós-retoma - houve clubes a mostrar interesse no seu concurso durante o mercado de verão. Esta temporada, depois de ter entrado na jornada inaugural, no Dragão, com o FC Porto, ainda numa fase em que ganhava ritmo após o período de recuperação do problema físico, e nas visitas a Guimarães e a Zorya, foi titular com o Famalicão e na Luz, jogando no lugar do castigado David Carmo.
Nestes dois jogos e, em especial, no complicado teste com o Benfica, o central brasileiro cumpriu na íntegra, tendo um papel determinante na marcação a Darwin. "Não vira a cara à luta, não dá nada por perdido, sabe esperar pela oportunidade", salienta Jorge Casquilha, o primeiro treinador de Tormena em Portugal quando chegou ao Gil Vicente, em 2017, vindo do São Paulo. "Tem-se visto no Braga que depois de perder a titularidade faz exibições positivas quando é chamado, afirmando-se como uma aposta credível do onze", exemplifica. Por "ser muito jovem", Casquilha considera que Tormena tem tudo para "cimentar a posição num clube com uma dimensão elevada". "Se o conseguir tem a porta aberta para um patamar superior", defende, não tendo "dúvidas que tem todas as características para poder representar um grande".
Jorge Casquilha explica por que razão o jogador, que tem contrato com o Braga até 2024,e uma cláusula de 15 milhões de euros, "é um central de equipa grande". "As equipas grandes jogam, normalmente, num bloco subido e por darem muito espaço nas costas precisam de centrais rápidos para ir buscar os avançados. E o Tormena tem essa facilidade", adianta o treinador que recebeu no Gil Vicente após "observações através de DVD de jogos dos sub-23 do São Paulo". "Era um jogador com escola", recorda. Na altura, o que mais chamou a atenção de Casquilha foi "a velocidade, o jogo aéreo e a elevada capacidade técnica para um central". E, a partir daí, "integrou-se bem, mostrou ser um jogador humilde, com vontade de aprender, aproveitou a oportunidade de crescer no Gil e no Portimonense e tem estado em grande no Braga".
13040489