Hora de jejum deixa Al Musrati em risco para o Braga-FC Porto
Ao contrário de jogos recentes, o duelo com o FC Porto é em pleno dia, o que inviabiliza a alimentação do líbio nas paragens. Com o Rangers e o Estoril, Al Musrati não perdeu o lugar no onze e alimentou-se no decorrer dos jogos.
A cumprir durante as horas de exposição solar o jejum imposto pelo Ramadão (3 de abril a 2 de maio), Al Musrati tem um novo desafio pela frente no jogo com o FC Porto, na segunda-feira.
Ao contrário de partidas recentes, desta vez o compromisso tem início às 18 horas, ou seja, em pleno dia e sem que o médio líbio tenha a possibilidade de ingerir alimentos durante o jogo para ajudar a contornar os perigos da abstinência. A perda da titularidade é, de resto, um cenário em cima da mesa (Castro, Lucas Mineiro ou Gorby são opções).
Nos jogos recentes do Braga, com o Estoril e os dois com o Rangers, este problema não se colocou, porque o início das partidas aconteceu entre as 20 horas e as 20h30, o que levou à adoção de uma estratégia para fintar o jejum.
Pouco depois do começo dos compromissos, e após o pôr-do-sol, Al Musrati aproveitou a primeira paragem do jogo, por vezes com recurso a um pedido de assistência por parte do guarda-redes Matheus, para se alimentar junto ao banco, com a ingestão de bebidas energéticas ou barras calóricas.
E a verdade é que o líbio cumpriu 90" com o Estoril, 100" em Glasgow e 82" no primeiro jogo com o Rangers, na Pedreira.
Desta vez, Carlos Carvalhal tem vários cenários pela frente, desde poupar o jogador ou utilizá-lo em períodos mais curtos, isto é, na primeira parte do duelo com os portistas ou após o intervalo, de maneira a que o médio não perca a habitual intensidade competitiva.
A boa notícia para o treinador arsenalista está no rendimento daquele que tem sido o companheiro habitual do internacional líbio no meio-campo. André Horta agarrou definitivamente o lugar há cerca de dois meses e, desde o segundo jogo com o Sheriff, só falhou uma presença no onze, mas com justificação: castigo devido a um cartão vermelho.
Com Carvalhal, este é o melhor período do camisola 10 no Braga, tanto assim que já bateu os números de utilização da época passada (39 jogos agora contra os 35 em 2020/21). A consolidação do médio no onze tem a ver com a melhoria no processo defensivo, ou seja, ajuda a defender e só depois parte para o ataque.
Melinha lembrada antes do jogo
Sendo o primeiro jogo na Pedreira depois da morte de Amélia Morais, mais conhecida por Melinha, o Braga vai homenagear a conhecida adepta antes do duelo com o FC Porto, amanhã, às 18 horas, num momento que promete ser especial. Será uma forma de ajudar a perpetuar a memória relativamente a uma sócia que se confundiu com a imagem do clube ao longo de várias décadas.
No último jogo, com o Estoril, fora de casa, os adeptos arsenalistas lembraram a icónica figura com manifestações de carinho e de reconhecimento.