O treinador do Braga passou pelo Istambul Basaksehir em 2012/13, onde se cruzou com Pierre Webó, e comentou nesta quinta-feira o caso de racismo que está a correr o mundo.
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Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Zorya, Carlos Carvalhal comentou o caso de racismo no PSG-Basaksehir, que levou à interrupção do encontro e ao adiamento para hoje. O treinador do Braga afirma que é uma "situação lamentável" e que o racismo é um problema que não é do futebol, mas da sociedade.
"Foi meu jogador [Pierre Webó] e dou-me bem com o treinador do Basaksehir. É uma pessoa amiga, ainda não tive a oportunidade de falar com ele. É uma situação lamentável. Não quero entrar em exageros, temos de ter algum cuidado. Um colega meu treinador [Jorge Jesus] também usou com alguma infelicidade um argumento, que utilizaria com alguém de raça branca ou negra, do género masculino ou feminino. Foi muito mal interpretado. Subiu logo à tona o feminismo e a defesa das mulheres. Esta é uma situação de racismo, mas temos de ser equilibrados. Não devo responder aqui a uma pessoa que não tem uma perna, porque depois posso ser mal interpretado por uma associação de pessoas que não têm uma perna. Temos de combater as situações de racismo", assertou.
"Isto não é um problema do futebol, é da sociedade. Já o disse uma vez, quando se passou aquela situação do Marega em Guimarães. É lamentável e temos de erradicar certos tipos de linguagem. O futebol tem valores que ainda estão acima do dinheiro e do poder e, nesse sentido, manifestaram-se contra um comportamento que não foi correto", acrescentou Carvalhal.
