"Banza pode estar numa equipa que jogue com ambições na Champions"
Dylan Batubinsika foi companheiro de Banza em Famalicão e responde como amigo íntimo de um dos homens-golo do Braga; radiografia à evolução e projeção de um futuro em clubes de Champions.
Banza não conquistou estatuto de indiscutível à primeira época em Braga, mas os 22 jogos como titular em 36 presenças, pontuados com 11 golos e cinco assistências, conferem-lhe interessante manancial de serviços e gozo de reputação de um grande reforço na ótima campanha dos guerreiros a nível interno. O avançado recrutado ao Famalicão é amplamente elogiado pelo amigo Batubinsika, seu companheiro na primeira aventura portuguesa e agora central dos israelitas do Maccabi Haifa. Conheceram-se em França, partilham ascendência congolesa e estreitaram laços em Famalicão.
"Foi muito bom para ele assinar pelo Braga, passou a viver com mais pressão, mas está contente com o salto que deu para um grande clube. Sente que está noutro nível. Foi algo que lhe abriu horizontes", reconhece o defesa, assumindo os louvores sobre as características que potenciaram a transferência.
"A qualidade que mais me impressiona no Banza é o facto de ser muito forte com bola, capaz de fazer certas coisas tecnicamente que não estão ao alcance de qualquer avançado. Sabe driblar e sair de pequenos espaços, prende a bola na frente e funciona como plataforma de lançamento de ataques. Em Famalicão confiávamos muito nele", sustenta Batubinsika. "Reconhecia-o como um goleador, muito bom de cabeça, mas não conhecia essa vertente de poder dar velocidade aos ataques, de os conduzir", realça. "Em Braga encontrou esse abrigo de nove e meio, porque gosta de tocar muitas vezes na bola, fica mais envolvido nos ataques e não só na finalização", elogia o central.
Imaginar Banza noutras frentes não é um exercício muito difícil para Batubinsika, pelas quais até luta o Braga. "O próximo passo, não sei! Penso que pode estar numa equipa que jogue com ambições na Champions. Tem estado bem, pode sonhar com mais", atesta, desconhecendo se Banza está em vias de ser internacional pelo Congo. "Não sei se o contactaram ou se desejaria. Se o Congo optar por ele, vai acrescentar. A seleção da França pode parecer longe, mas nunca se sabe com uma grande transferência."
Duelos em França entre PSG e Lens e depois vizinhos em Braga
A amizade francófona explica a ligação entre Banza e Batubinsika. "Eu e Simon falamos com frequência pelo WhatsApp, são laços fortes, foi uma química imediata em Famalicão. Ficámos a viver em apartamentos próximos, em Braga, e íamos de carro para cada treino. Voltávamos e jantávamos muitas vezes, mais o Pickel. Temos memórias dos duelos entre as academias do Lens [de Banza] e do PSG. Nos momentos mais complicados, fomos importantes um para o outro. A adaptação dele foi mais difícil, porque nunca tinha estado tão longe de casa" diz o central do Maccabi Haifa.