Carlos Carvalhal, treinador do Braga, sobre o apertado calendário de jogos, em conferência de Imprensa de antevisão ao jogo da primeira mão dos 16 avos de final da Liga Europa, contra a Roma.
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Tempo de recuperação: "A realidade é que temos jogado em desvantagem contra quase todos os adversários, menos o FC Porto, em relação ao tempo de recuperação. Não sei se é mais complicado ter só dois dias para recuperar ou ter seis ou sete jogos no mês. Ninguém recupera em três dias. Joga-se de três em três dias, faz-se dois ou três jogos seguidos, mas jogar sempre, quatro, cinco, seis, sete, oito... Os jogadores estão em défice. Não há recuperação completa. Há capacidade de fazer dois, três jogos seguidos, mas quando se entra no quarto já é gravoso. 24 horas fazem toda a diferença. Às vezes vejo comentários completamente ignorantes. Pessoas dizem que em Inglaterra se joga de três em três dias. Não se joga de três em três dias, jogam três, depois quatro. Faz toda a diferença. Jogar de três em três dias penso que é quase único. Apanha os jogadores na linha vermelha, pode provocar lesões e não há recuperações completas. Há muita ignorância sobre o assunto."
Caminhar sobre em arame farpado: "Reportem ao ano passado e digam-me quantas equipas fizeram três jogos seguidos de três em três dias. Eu não vi. Não é normal. O normal é três, quatro dias. Quando jogam na Liga Europa, normalmente os jogos do campeonato passam para a segunda-feira, tem sido o normal, para dar o afastamento. Faz toda a diferença, andar a caminhar sobre isto é andar a caminhar sobre arame farpado e o Braga tem feito isso muito bem, graças ao excelente grupo que tenho, com jogadores de grande caráter."
Roma tem seis jogos num mês: "Vamos jogar contra equipa que tem seis jogos num mês, quando nós temos 10. Qual está mais fresca? Parece-me óbvio. 72h de recuperação, contra quatro ou cinco dias. Não é a diferença da densidade, mas o afastamento entre os jogos.